Pendrives do futuro são adesivos, anotáveis e coloridos como post-its

O vencedor do Red Dot Award 2014, dataSTICKIES, é um conceito de design criado para revolucionar as formas de anotar, gravar e carregar dados.

dataSTICKIES são feitos de grafeno, cuja fina camada é capaz de carregar um enorme volume de dados.

Criado por Parag Anand e Aditi Singh, o projeto visa resolver algumas inconveniências de um pendrive, como seu tamanho, tipos de acesso e formas de posicioná-lo nos dispositivos.

Tomando como base a facilidade e a agilidade de um post-it, dataSTICKIES possui uma camada adesiva condutora que age como um meio para transferir dados. Ele pode ser destacado de uma pilha e preso na superfície óptica de transferência de dados – um painel acoplado aos dispositivos como computadores e tablets. Sua camada adesiva também permite que seja descolado e reutilizado sem deixar marcas.

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Compartilhar um arquivo com alguém ficou tão fácil quanto dividir um Post-it.

Ainda similar aos post-its, os dataSTICKIES vem em variadas cores e estampas para facilitar na organização das informações. E, dando ênfase tanto ao exterior do produto como seu funcionamento, os usuários podem escrever etiquetas ou notas sobre sua superfície. Além disso, quando estão sendo acessados por um dispositivo, suas bordas ficam acesas.

Infelizmente o projeto ainda está em fase conceitual. Porém, após a premiação de melhor Conceito de Design no Red Dot Award deste ano, esperamos ver a próxima geração de dados portáteis em breve nas lojas.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Afogados em números: CRM e Social Media

Todo mundo já falou de usar inteligência de Marketing Direto aplicada a Social Media. Até eu falei um pouco sobre isso no Social Media Week em São Paulo desse ano. É óbvio. Faz todo sentido. Mas dá muito trabalho. Mesmo dando resultado no médio prazo, muitas empresas optam por não fazer nada a respeito. E sim, pode ser chamado de Social CRM. Essa é uma maneira de ver isso mas acho que o termo tenha hype demais e poucas marcas realmente fazendo isso. E o lance é que muitas delas não fazem isso nem quando estão fazendo relacionamento com blogueiros/formadores de opinião.

Um banco de dados com todos os contatos com eles? Duvido. Muitas vezes esse racional fica muito entre os diretores das empresas mas o pessoal que poderia fazer isso acontecer não consegue enxergar tão estrategicamente. E quando fazem, continuam pensando em algo como “flights de relacionamento” por mais bizarro que isso possa ser. Relacionamento é algo constante e não pontual. Fazendo uma analogia tosca, você tem um relacionamento com alguém que só fala duas vezes por ano? E não, fuck-buddies não contam. Estranho, né?

Então vamos lá. Hoje boa parte das empresas têm duas bases de dados: Uma transacional (compras feitas, serviços contratados, etc) e outra de Social Media (Fãs e Followers nas redes sociais) e as vezes esses mesmos fãs e seguidores seguem uma marca apenas pelo aspecto aspiracional e não por serem consumidores dela. Até agora eu não falei nada de novo. Mas como as marcas estão consolidando essas duas bases de dados? Até hoje eu só vi uma ou duas empresas/agências com uma estratégia sólida para aproveitar esses dados disponíveis nas redes sociais.

Gerenciar os dados daquela pessoa que realmente compra o seu produto ou utiliza o seu serviço é básico. Saber que a pessoa comprou um produto 3 vezes nos últimos 6 meses é legal, associar isso a informações de produtos que outras pessoas compraram quando compraram esse mesmo produto também pode ser legal e vemos a Amazon fazer isso direto. Mas e os dados que circulam pelas redes sociais? Qual a política da sua marca nas redes sociais? É seguir todo mundo que te segue? Legal mas o que a sua marca faz com essas informações todas? Quando alguém fala com a sua marca na sua Fanpage, o que você faz? Responde, tira a dúvida da pessoa e pronto? Você não acha que esses dados também são importantes?

Pois é mas em boa parte dos casos, o tal do SAC 2.0 é totalmente subutilizado. Ao invés de aproveitar esses contatos para unir os bancos de dados, os dados de respostas nos canais sociais é esquecido e um monte de informação é perdido, assim como a oportunidade de surpreender as pessoas que seguem/consomem a sua marca. Nesse cenário, o SAC 2.0 é onde o matchcode vai para morrer.

Matchcode? É isso mesmo. É aquela chave que vai cruzar os dados das duas bases de dados que você tem. O Facebook, por exemplo, usa como identificador principalmente dois dados: Email e Telefone Celular. Se você fizer uma ação que gere cadastros em uma base de dados fora do Facebook e cruze essa base com a base transacional, ou a que você usa para o seu CRM, o cenário muda completamente de figura. Porque você consegue saber que aquela pessoa que é fã da sua marca no Facebook também já comprou os produtos X e Y com a frequência Z e que é seu cliente desde 1999. E em B2B, será que dá para chegar no Gerente de Compras pelos seus perfis em redes sociais? Será que funciona? Será que vale a pena ou tem um tom certo de fazer isso? Esse é o meu dia a dia na agência mas não é a rotina de muitas outras.

Pense o PontoFrio.com que é uma operação que parece ter isso mais organizado (baseado na minha experiência de consumidor com eles), se cada contato de dúvida de entrega com o Pinguim via Twitter, eles acrescentarem esse dado no CRM deles e monitorarem o que essa pessoa falou da marca/produto que comprou ou do proprio PontoFrio.com nos dias após qualquer compra, eles já vão ter dados interessantes. Se olharem a Bio dessa pessoa também pode pegar informações interessantes que podem dar detalhes de comportamento.

Isso é ter uma plataforma conectada. Todas as informações em diversos pontos de contato sendo monitoradas e alimentando uma única base de dados que contém dados transacionais e de redes sociais. É saber que a pessoa X tem um carro (ou um celular, computador ou plano de celular terminando período de fidelidade) e que tem postado reclamações sobre o produto/serviço no Twitter e sabemos que essa pessoa já entrou no site da marca e viu algumas opções de novos modelos e pacotes, ter esse nível de conhecimento muda o jogo de uma maneira inacreditável. Me diga quantas marcas estão fazendo isso hoje? Eu conheço poucas fazendo e algumas querendo fazer.

Um dia vi uma palestra online do Gary Vaynerchuk, autor do livro “The Thank You Economy”, em que ele conta (e esse é um trecho de um post meu aqui no B9 publicado 2 anos atrás) o caso de um cliente dele que comprou 20 mil dólares em vinhos da loja dele em dois pedidos e ele sabe, por meio do perfil do Twitter desse cara, que o comprador é fã de um determinado jogador, não seria legal enviar relacionado a isso para o cliente? Pois é. Ele fez.

Melhor que um cupom de frete grátis na próxima compra, né? Dá muito trabalho mas é focar no seu consumidor de alto valor para a marca. Fazer isso em larga escala é bem mais complicado e seria interessante ver essa operação mesmo colocando uma linha de corte de acordo com o perfil do consumidor. Mas e se essa escolha fosse randomica? Será que geraria mais buzz?

Então, em bom português, não adianta ter zilhões de fãs e não saber quem eles são. Você precisa ter controle dos dados do cliente e isso vai ditar as regras de um novo jogo em que Data pode melhorar seu relacionamento com os clientes, vai ajudar a definir o ROI da sua campanha e vai ajudar a melhorar o conteúdo da sua marca. Desse jeito, é possível que comecemos a usar melhor gatilhos de comportamento e localização (para falar alguns) e abordar os seus fãs (e esses são fãs de verdade) em momentos interessantes e relevantes para ele.

Mas aí temos o outro lado da moeda e nessa hora, nada melhor do que parafrasear Tio Ben:

“Com grande poder vem uma grande responsabilidade”

A marca não pode abusar desse poder e transformar algo incrível em algo assustador. Eu lembro do caso em que o pai soube que a filha adolescente estava grávida por conta dos catálogos da Target que ela recebeu falando apenas sobre o universo de novas mães. Isso aconteceu baseado na inteligência de hábitos de compra da base de dados deles. Mulheres que compram loções sem cheiro provavelmente estão no início do segundo trimestre de gravidez, assim como a compra de suplementos vitamínicos nas 20 primeiras semanas de gravidez e, desse jeito eles montaram um índice para prever se a mulher está grávida.

Tudo isso é muito legal mas sem uma estratégia de conteúdo clara, essas informações não adiantariam de muita coisa. No caso da Target, eles notaram que as pessoas ficavam incomodadas ao notar que uma marca sabia tanto da vida deles e aí eles tomaram uma decisão de enviar um catálogo com muitas outras coisas para que os anúncios sobre gravidez parecessem aleatórios e que as marcas não estivessem monitorando o seu comportamento de compras. É uma manobra curiosa de aumentar a taxa de uso de cupons mas ao mesmo tempo beira uma questão moral e ética que pode danificar a marca se descoberta.

Quando essa inteligência é usada para alimentar as possibilidades criativas de conteúdo e segmentação, Social media se torna algo muito mais poderoso. Você conhece profundamente o seu público e sabe os assuntos que vão interessar o seu público. Usando essas informações com responsabilidade e inteligência a sua marca pode não só vender mais produtos como pode também prestar serviços realmente úteis para o seu público. E é usar essa inteligência de Data somada a uma plataforma conectada e a um conteúdo matador e segmentado que vai ditar o caminho que devemos seguir. As possibilidades são infinitas e conseguir fazer isso é uma maneira incrível de otimizar custos de campanhas.

Agora, a pergunta que não quer calar é: você, a sua marca ou a sua agência estão preparados para essas possibilidades?

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Sitegeist App transforma dados do Censo em atraentes e acessíveis infográficos

A Sunlight Foundation criou o aplicativo Sitegeist App, com o objetivo de tornar os dados sobre a sua região, ou qualquer outra que o interesse, mais atraente e acessível ao público.

Usando as informações do Censo dos EUA, além de dados públicos como resenhas no Yelp, check-ins no Foursquare, previsão do tempo e qualquer outro dado disponível, o aplicativo compila tudo e simplifica de uma forma fácil de compreender, através de infográficos.

Dividido em 5 principais categorias – Pessoas, Casa, História, Diversão e Tempo – os usuários podem entender melhor sobre quem mora em seu bairro, a distribuição de renda, idade e educação, as contribuições políticas, as mudanças que ocorrem ao longo do tempo, os lugares mais populares, etc.

Se conhecimento é poder, informações locais podem ser bem relevantes na hora de tomar decisões.

Se já dependemos de serviços de geolocalização tanto para nos movermos perto de casa quanto viajando, finalmente entender e aplicar os dados do Censo pode ser de grande utilidade. Infelizmente, por enquanto, os dados disponíveis funcionam apenas nos EUA.

SitegeistApp03 SitegeistApp02O aplicativo para iPhone, iPad e iPod pode ser baixado de graça aqui, ou para Android aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Robotify.me: um robô construído a partir de seus hábitos nas redes sociais

BBH Labs criou o Robotify.me, um site que analisa seus dados de redes sociais e cria um robô personalizado. O robô é configurado de acordo com a sua vida digital e, se você atualizá-lo semanalmente, verá mudanças de acordo com as atividades que mantém nas redes.

Há várias combinações diferentes de robô, com cada parte construída de acordo com indicações do seu comportamento online, tais como a quantidade de posts no Facebook, links compartilhados, tagueamentos, retweets, check-ins no Foursquare, etc. Por exemplo, se você costuma postar bastante, o robô provavelmente terá um alto-falante como boca. Ou se tira bastante fotos, pode ter lentes de câmera no lugar dos olhos.

Cada detalhe do robô é importante para montar seu perfil, e o fará aprender mais sobre como você tem se comportado online. Uma das razões para qual o site foi criado é encorajar autoreflexão e análises. De acordo com postagem em seu site, o BBH Labs explica que a pesquisa que levou a construir esse projeto tem a ver com inteligência artificial.

“Queremos avanços na emoção e no aprendizado da IA a partir de dados humanos. Como a internet recolhe mais e mais de nós mesmos, os robôs estão achando cada vez mais fácil replicar nosso ‘eu’ online.”

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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O poder do Pinterest [Infográfico]

O Pinterest pode não ser mais o queridinho da mídia, mas continua crescendo. Nesse infográfico criado pela Fast Company, você vai descobrir que a rede social atingiu mais de 20 milhões de usuários únicos só nos EUA.

A audiência continua sendo dominada por mulheres: 79%.

Das 15 principais categorias do Pinterest, 80% são relacionadas com comércio. Isso explica o poder de venda do site.

O ticket médio de um usuário que compra produtos através de um link no Twitter é de US$ 68.79. No Facebook é de US$ 80.22. Já no Pinterest, a mulherada não economiza: US$ 179.36 é o gasto em média.


Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Facebook resumido em uma única imagem

Facebook

Os dados foram compilados pela Website Monitoring, e além de uma linha do tempo com os fatos importantes da história do Facebook, mostra as 10 maiores comunidades e quantidade de dados compartilhados.

Vê tudo depois do jump.

Facebook


Por que não apostar em qualquer número que se vende por aí?

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Durante esta semana, a E-Life publicou um estudo sobre os hábitos dos internautas brasileiros em relação às Mídias Sociais. Uma das coisas interessantes de se ver é que o Twitter é bastante expressivo em lembrança entre a parcela mais heavy user de Internet, sendo o primeiro serviço lembrado por 38,5% dos entrevistados, sendo que pouco mais de 80% dos respondentes já possuem cadastro nele e 86% destes usuários fazem uso quase diário da ferramenta.

Conclusão interessante? Sim, se levarmos em consideração que outros serviços como o Orkut, YouTube, Facebook e afins têm espaço entre os internautas entrevistados, mas, apesar de já serem conhecidos até há mais tempo do que o Twitter, não possuem a mesma freqüência de uso.

Daí a considerarmos o Twitter a mídia social mais utilizada no Brasil, como ousaram afirmar o blog do Portal Exame (com o qual fiz contato) e a Época Negócios, existe uma grande diferença.

Como eu disse, eu entrei em contato com a repórter do Portal Exame via comentário, porque a reportagem continha dados errados: o texto original de Luiza Dalmazo fazia uma grosseira comparação entre o costume de uso entre Twitter e o Orkut. Afirmava o texto que a maior parte dos usuários do Twitter o utilizavam de 5 a 7 vezes por semana, enquanto os de Orkut utilizavam de 2 a 4 vezes. Eu chamo de grosseiro porque o gráfico que ilustra o post já desmentia de cara o parágrafo, apontando que mais de 72% dos usuários do Orkut o acessavam quase diariamente.

Então a repórter trocou o texto e respondeu-me via e-mail que passaria a utilizar estas porcentagens. Tendo em vista que o título continuava a querer mostrar que o Twitter havia passado o Orkut como “mídia social mais usada do Brasil”, respondi ao e-mail dela com mais alguns questionamentos, que agora trago ao leitor do Brainstorm #9.

O estudo aponta uma ligeira “liderança” na questão de uso diário do Twitter, mas é ligeira. Se considerarmos que o estudo deve ter uma margem de erro, podemos até chamar de empate técnico. Como? 86 contra 72 pontos percentuais? Não: 86% dos 80% que responderam ter Twitter contra 72% dos quase 90% que responderam ter Orkut.

Mas a anomalia da manchete da notícia não pára aqui. Uma outra pesquisa, um pouco mais abrangente, feita pelo Comitê Gestor de Internet do Brasil serviria para acabarmos de vez com esta brincadeira. Ao compararmos o perfil socioeconômico e a distribuição da população pelo território brasileiro da amostra da pesquisa da E-Life com a amostra da pesquisa TIC Domicílios 2008, fiel à real distribuição existente no Brasil, temos um choque: o público majoritário da pesquisa da E-Life corresponde a 1% da amostra de pesquisa do Comitê Gestor de Internet do Brasil.

Aí é só começar a pegar uns números por lá para continuar a surra nesta manchete surreal: ninguém perguntou ao pessoal da classe C (51% dos entrevistados da TIC Domicílios, sendo que 46% deles acessam diariamente a Internet e, segundo dados da Telefônica, já formam mais de 30% da base de Speedy e 80% das vendas atuais do serviço de banda larga) qual é o serviço que eles usam mais. Aí fica difícil.

É preocupante ver como anda a interpretação de dados por aí…

Mais sensato foi o G1 em apontar o Twitter como o queridinho da classe A ou a própria E-Life, em tirar como conclusão que 4 serviços podem ser destacados como os preferidos pela amostra.

Eu me pergunto se estariam todos os profissionais especializados em Internet dispostos a relatar dados sem maquiar um numerozinho sequer e se estariam todos os clientes de agências, ávidos por esta “novidade” chamada Mídias Sociais, preparados para filtrar montagens tendenciosas de gente querendo empurrar engodos como planos estratégicos ou querendo dar o furo do ano. Estariam?

A existência de tantos gurus de Mídias Sociais neste Brasilzão de Deus, a tentativa eloqüente da imprensa de tornar o Twitter o serviço mais popular do país e o número de retweets que a notícia com manchete equivocada teve dão dicas da resposta…

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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