#AmazonCart ajuda a encher o seu carrinho virtual sem sair do Twitter

O consumismo acaba de ficar ainda mais fácil. Como se a loja virtual já não fosse uma tentação, a Amazon traz uma nova facilidade para as suas compras: uma hashtag para juntar itens no seu carrinho virtual, a #AmazonCart.

Os usuários interessados precisarão associar o seu perfil do Twitter com a conta da Amazon, e depois disso bastará responder a um tuíte que tenha um link da Amazon incluindo a hashtag #AmazonCart para coloca-lo no seu carrinho e encerrar a compra mais tarde.

O único detalhe é que os itens da sua compra começam a se tornar públicos, em especial se você estiver dando um reply para uma marca, ou se o seu perfil do Twitter não for privado – cada coisa que você quiser deixar para comprar mais tarde acaba identificado pela hashtag. Mas se a facilidade for maior que a possível vergonha de deixar público o seu interesse de compra, pode valer a pena.

amazon-cart

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Facebook apresenta novidades que melhoram a privacidade dos usuários

Há pouco, durante a sua apresentação durante a conferência f8, Mark Zuckerberg apresentou duas novidades que vão ajudar a melhor controlar quais dados pessoais são acessados por aplicativos que usam o login do Facebook.

Ao aceitar conectar em um app com o ‘botão azul’ do Facebook Connect, agora os usuários poderão não só escolher quem poderá ver as postagens automáticas feitas pelo app em questão (opção que já estava disponível), mas também selecionar que informações públicas serão acessadas por essa empresa. Será possível impedir acesso à sua lista de amigos, email, data de aniversário, quais páginas você curtiu, entre outros.

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Outra opção interessante será o login anônimo, que permitirá experimentar um determinado aplicativo usando um login do Facebook, mas sem se identificar. A demonstração foi feita com o Flipboard, que mostrava um botão cinza-escuro para essa função. “Assim que você se acostumar com esse aplicativo, poderá voltar e fazer login com o seu perfil, aproveitando melhor a experiência”, explicou Zuckerberg.

O Mashable comenta que isso pode ser interessante para incentivar a adoção de mais apps – quem sabe, até mesmo novos apps do próprio Facebook – e também aumentar a qualidade do conteúdo compartilhado na própria rede a partir desses apps.

O curioso, no entanto, é que a iniciativa de login anônimo vai contra o princípio básico do Facebook, que é a “identificação real” dos seus usuários.

Pelo visto, Markito tá precisando ceder, ao menos levemente, em algumas das suas convicções.

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US Airways acidentalmente responde tuíte de consumidora junto com imagem explícita

O dia não foi nada bom para a equipe de mídias sociais da US Airways. Ao responder a uma consumidora que reclamava sobre atrasos de seu voo, a operadora de linhas aéreas respondeu o tuíte irritado juntamente com uma imagem explícita, onde uma mulher nua aparecia inserindo um modelo de um avião 777 em suas partes íntimas (!)


Escandalizados, os tuiteiros reclamaram e houve até quem acreditasse que o Twitter da companhia aérea havia sido hackeado, tamanha a surpresa com a fotografia pornográfica postada (confira por sua conta e risco nesse link, extremamente NSFW).

Um porta-voz da American Airlines, que está em processo de fusão com a US Airways, esclareceu que a situação foi um erro interno, horrível por sinal. “Nossa investigação determinou que a imagem postada havia sido capturada para ser reportada ao Twitter como inapropriada, e por acidente acabou sendo incluída em uma resposta para uma cliente”, esclareceu.

O tuíte já foi tirado do ar, mas diversos print screens circulam pela rede. A US Airways se desculpou publicamente no Twitter, avisando que a mensagem havia sido removida e que vão investigar internamente o ocorrido.

Tomara que não caia nas costas do estagiário.

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@InstagramBrasil vai destacar talentos da fotografia mobile no país

Somos um dos cinco maiores públicos do Instagram fora dos Estados Unidos, e temos uma Copa do Mundo batendo à porta e uma Olimpíada por vir. Não são poucos os motivos que fizeram com que o Instagram investisse mais na audiência brasileira, com alguns encontros sendo promovidos pela plataforma aqui no país.

Agora, a marca quer também destacar alguns dos principais talentos entre os nossos fotógrafos ‘do cotidiano’ – acaba de ser lançado o perfil InstagramBrasil, que promete incentivar e nutrir a comunidade de Instagrammers brazucas.

“Queremos oferecer uma oportunidade para o compartilhamento de histórias do Brasil e dos brasileiros, elaboradas em português”, explica Inês Schianazi, gerente de comunidades do Instagram na América Latina, em entrevista exclusiva ao Brainstorm#9.

“Queremos oferecer uma oportunidade para o compartilhamento de histórias do Brasil e dos brasileiros, elaboradas em português”

A curadoria das imagens que aparecerão na conta do Instagram Brasil será feita por meio de análise das fotos brasileiras postadas no serviço. Os fotógrafos selecionados para aparecerem no perfil oficial brasileiro terão suas fotos creditadas, com nome e link para seus perfis do Instagram, o que pode se tornar uma ótima plataforma para divulgação das imagens. Quem quiser poderá fazer indicações de boas fotografias através do email instagrambrasil@instagram.com, que também estará aberto a sugestões e dicas de ações.

A movimentação da comunidade do Instagram Brasil também trará oportunidades aos fotógrafos mobile brasileiros, como é o caso da ação em parceria com a São Paulo Fashion Week. Instagrammers como Danny Zappa, Jayelle Hudson, Flavio Samelo, Alexandre Urch, Juliana Matos e Carolina Sacco serão convidados a comparecer aos desfiles nesta semana e instagramar o evento sob suas próprias estéticas.

“Queremos mostrar ao mundo os bons trabalhos que são realizados aqui”, conclui Inês.

O que essa marca teve coragem de fazer vai te deixar chocado

A revolta de diversas marcas com o Facebook não é de hoje. A empresa parece levar a sério o lema de “move fast and break things”, e anda quebrando a confiança das marcas ao tirar delas o poder de alcançar o público conquistado em suas páginas.

Com um novo algoritmo, o alcance orgânico é cada vez menor, e cansado de ver resultados pífios, o site Eat24 decidiu desistir de vez de investir na rede social de Mark Zuckerberg. A saída, contudo, não foi nada discreta. Em uma “carta de despedida”, a marca explica que depois de longos anos de relacionamento está “terminando tudo”, já que a ferramenta não é mais capaz de entregar o conteúdo para pessoas que – vejam só – haviam curtido a página exatamente para ver aquele tipo de ‘food porn’ publicado por eles. Portanto, cansada de publicar um material que nem sempre era entregue a todos os seus fãs, a Eat24 decidiu sair do Facebook. Cancelou sua página e encerrou os esforços em divulga-la nessa mídia, focando agora  no Twitter e no Instagram.

A reclamação foi respondida por Brandon McCormick, diretor de comunicação global do Facebook, que escarneceu da Eat24 ao dizer que hoje em dia o conteúdo oferecido pelo site já não é mais tão divertido quanto era antes, e que “respeita se a marca precisa ‘dar um tempo’ no relacionamento” com o Facebook.

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O assunto foi bastante discutido – ironicamente via Facebook comments – no blog da Eat24, mas o mais curioso é que poucos dias depois uma pesquisa parece endossar o que a empresa decidiu fazer.

 O engajamento gerado pelo Google+ está bem próximo do oferecido hoje pelo Facebook, e com o dobro do que atualmente ocorre no Twitter.

Um estudo da Forrester Research estima que o engajamento gerado pelo Google+ está bem próximo do oferecido hoje pelo Facebook, e com o dobro do que atualmente ocorre no Twitter.

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“Se você não está ativamente utilizando o Google+ para marketing, deveria estar começando”, alerta Nate Elliot, analista da Forrester. Considerando esses números, não parece assim tão absurdo desistir de investir no Facebook como ferramenta de divulgação de conteúdos.

O Digiday, no entanto, pondera que para alguns setores do mercado pode ser mais benéfico impactar as pessoas certas do que ser visualizado por toda a sua audiência de curtidas. Ainda assim, o incentivo para aumentar a base de fãs e a posterior decisão de permitir que apenas parte deles pudesse ser realmente alcançado parece mesmo uma ‘puxada de tapete’, e nem todos estão felizes em conviver com isso.

Devassa é questionada nas redes sociais por material publicado em 2006

Há poucos dias, uma pesquisa do Ipea chamou a atenção nas redes sociais: nela, 65% dos entrevistados alegava concordar que mulher que usa roupa curta merece ser atacadas sexualmente (!).

Revoltadas, as moças  se reuniram em uma movimentação centralizada na hashtag #NaoMerecoSerEstuprada, que parte da obviedade da frase (ninguém merece, né?) para ressaltar o absurdo do resultado do estudo da Ipea.

Nesse meio tempo, voltou à tona uma reedição do ‘Manual de Boas Maneiras para Meninas’, do escritor francês Pierre Louÿs, que faz parte de uma coleção de clássicos da literatura erótica patrocinada pela Devassa e publicada em 2006. Em trecho destacado pelo ThinkOlga, lê-se:

“Se um vagabundo a encontrar num local deserto e a agarrar, deixe que ele a f*** de uma vez. É o meio mais seguro de não ser estuprada”.

Quem conhece o autor sabe que esse livro, lançado em 1926, é uma paródia pervertida dos livros de etiqueta do final do século XIX, o que levou a uma grande discussão nas mídias sociais sobre o retrato descontextualizado do trecho da obra; do jeito que ela foi divulgada, perde-se muita informação e dá-se a impressão de que a marca estaria se aproveitando do buzz, e de uma forma bastante negativa.

Não é recente o fenômeno de conteúdos serem ressuscitados nas mídias sociais, mesmo que não sejam recentes, pela sua pertinência. O curioso é que no caso da Devassa, tratou-se mais de uma ‘impertinência’, um material pinçado em um momento (e de uma forma) que faz com que ele seja mal recebido pelo público.

É de bom tom questionar se marcas e publicações deveriam rever todo o seu catálogo e se reposicionarem na mídia. Em pleno aniversário de 50 anos do Golpe Militar, diversos jornais do país têm passado pelo mesmo dilema. Foram apoiadores do regime ditatorial há meio século, e hoje quase que se desculpam por isso. Mesmo destacando que as opções da época se deram em “condições bem mais adversas que as atuais”, a Folha de S. Paulo não sai ilesa na visão de certo segmento do público.

Estaríamos vivendo uma época de condenações retroativas e descontextualizadas? Podemos mesmo condenar marcas e publicações por ‘erros’ do passado? Aliás, consideradas as conjunturas, teriam mesmo sido erros?

É bastante difícil falar de timing quando estamos julgando uma proposta de 2006 com um assunto de 2014. O Brainstorm#9 contatou a equipe da Devassa, que avisou que haverá um posicionamento oficial da marca sobre o caso em breve. Assim que essa publicação ocorrer, atualizaremos a matéria.

Atualização em 31/03/2014 às 19:11: A Brasil Kirin, detentora da marca Devassa, enviou o seguinte comunicado ao Brainstorm#9:

“A Brasil Kirin, por meio da marca Devassa, vem esclarecer os conteúdos postados e comentados recentemente sobre o patrocínio da marca à “Coleção Devassa – Manual de Boas Maneiras para meninas”. A Brasil Kirin esclarece que o patrocínio da coleção foi feito em 2006 quando a empresa não possuía gestão sob a marca Devassa. A Brasil Kirin esclarece ainda, que somente em 2007 adquiriu o controle acionário da marca Devassa. A Brasil Kirin conduz seus negócios de forma ética com respeito à dignidade de cada indivíduo e repudia qualquer ato discriminatório ou ilícito.”

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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‘Personal Tuiteiro’ para casamentos pode custar até 3 mil dólares

Se você já foi o ‘tuiteiro’ oficial do casamento de um dos seus amigos, saiba que podia ter recebido uma boa grana com isso. A rede de hotéis W Hotels, de Nova Iorque, está oferecendo aos noivos que irão se casar em uma das suas 4 filiais na cidade a opção de contratar um ‘Social Media Wedding Concierge’, que é basicamente um ‘personal tuiteiro’ para a cerimônia.

Manter a presença do próprio casório nas mídias sociais, no entanto, não sai barato. O custo para contratar esse profissional, que além de fazer postagens no Twitter se encarrega também de Instagramar as fotos da celebração, pinnar os destinos da lua de mel e organizar o uso de uma hashtag específica, é de 3 mil dólares.

 

Além da curadoria de midias sociais do casamento, o ‘Social Media Wedding Concierge’ oferece aos pombinhos um livro físico (feito pela empresa Shutterfly) com todas as interações ocorridas durante a celebração.

Desse jeito, não vai precisar muito para ter padrinho oferecendo serviço de ‘tuiteiro’ com precinho camarada para o noivo, ou para começar a ter uma taxa ‘extra’ no aluguel do local da cerimônia para a permissão de uso de smartphones. Vai vendo.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Shelby.tv centraliza os vídeos das suas redes sociais para você assistir no melhor momento

Sabe quando você está naqueles 5 minutos do café e acha um vídeo bacana, mas que tem 10 minutos de duração? Ou então quando está apenas afastando o tédio passeando pelo Facebook no celular e seu amigo compartilha uma esquete, só que você não quer dar essa abusada no plano de dados? Isso acontece com todo mundo, e o Shelby.tv quer te ajudar com essa.

Ao invés de simplesmente se obrigar a dar um like para ver o vídeo mais tarde, ou estender o breve cafezinho para um longo momento de procrastinação, dá para simplesmente conectar o Shelby com as suas redes sociais e assistir os vídeos que seus amigos curtiram e compartilharam em um outro momento, quando você tiver mais tempo (e banda larga) disponível.

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A empresa aposta que o número de visualizações de um vídeo, ou a data do lançamento dele, não é tão importante quanto a recomendação feita pelos amigos. “Se uma pessoa que é influente para você acha que uma conferência do TED de três anos atrás é bacana, quem se importa se já tem três anos que o vídeo foi lançado?”, defende Reece Pacheco, CEO do Shelby.tv.

Shelbytvinterface

Além dos vídeos recomendados pelas pessoas das suas redes, uma equipe de curadores do Shelby também costuma selecionar as tendências e virais do momento, para que você não fique por fora de alguma novidade.

O Shelby.tv é gratuito e pode ser acessado via web e também através de um app para iOS, que usa gestos para controlar a sequência de vídeos a serem tocados.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Campus Party Brasil: Ford apresenta o Developer Program

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Pela primeira vez em seis edições, uma montadora de carros participa da Campus Party Brasil. Se à primeira vista pareceu uma estranha associação, na verdade começou a fazer sentido depois que Scott Monty, líder global de mídias sociais da Ford, apresentou aos campuseiros o Developer Program, anunciado no início do mês na CES.

Em resumo, a montadora criou um kit para que os desenvolvedores criem aplicativos para smartphones, acessíveis por comandos de voz e que funcionem de maneira integrada com os carros pelo sistema Sync AppLink. O B9 esteve por lá e conversou com exclusividade com Scott Monty sobre a Ford, mídias sociais e o futuro do marketing digital.

Antes de continuar lendo este post, eis o que você precisa saber: além do trabalho na Ford, Scott Monty é blogueiro, podcaster e colaborador de vários veículos, como The Wall Street Journal, CNN e NBC, entre outros. Em 2011, esteve na lista dos top 10 influenciadores em social media da Forbes. Mesmo falando de mídias sociais de uma forma geral, seus exemplos em algum momento esbarram nas experiências da Ford, onde está desde 2008.

Estratégia

Existe uma crença hoje em dia de que uma marca só existe de verdade se está presente nas redes sociais. Criar um perfil ou página e postar qualquer coisa por lá não é o suficiente, é importante ter uma estratégia.

“É preciso pensar o que motiva você como empresa e onde as redes sociais se encaixam no seu plano de negócios. Na Ford, tudo o que fazemos em mídias sociais está ligado às metas que precisamos atingir: melhorar a reputação da empresa e ajudar a divulgar as vantagens do produto. Fora isso, é perda de tempo. Não fazemos social media porque é legal”.

Outro ponto importante é que cada rede social tem suas particularidades que devem ser levadas em conta na hora de produzir conteúdo, mas conhecer e entender seu público é fundamental para tornar essa comunicação eficiente. E, falando em público-alvo, você sabe onde o seu está?

“É claro que todas as marcas querem estar onde as pessoas estão. Mas se o seu público não está em determinada plataforma, não perca seu tempo com ela. Todo mundo acha que precisa ter uma página no Facebook, mas por quê? Você já fez uma pesquisa, verificou os números para ver se vale a pena?”, questiona.

Um bom analytics combinado com um instinto apurado sobre como seu conteúdo está sendo recebido são ferramentas eficientes para verificar se a estratégia está funcionando ou se precisa ser revista.

ford

Contexto é rei

Em 1996, Bill Gates escreveu um texto chamado “O conteúdo é rei”. Quase duas décadas depois, o conteúdo permanece importante, mas o que define sua relevância é o contexto. “Todo mundo está falando ao mesmo tempo. O contexto ajuda a nos livramos dos ruídos, a sintonizar a conversa e criar relações de confiança com as pessoas”, explica o executivo.

Quem fica com as mídias sociais?

Quem deve ficar com a bola das mídias sociais, o departamento de marketing ou de relações públicas? E o serviço de atendimento ao consumidor, onde entra? Para o executivo, esta divisão é equivocada e o ideal seria um trabalho integrado.

“O social não se dá em um único departamento. Eu sou da comunicação, mas o marketing tem um lugar na mesa, assim como o atendimento ao consumidor. Ignorar o marketing quando você está fazendo social significa que você está deixando para trás uma chance de ver aquele conteúdo amplificado”.

Nos próximos anos, inclusive, a Ford conta com um plano bastante ambicioso: fornecer meios para que todos os funcionários e departamentos da empresa que assim quiserem possam estar nas redes sociais, do design à manufatura. Sob uma orientação centralizada, é claro.

Ford x Social Media

A estratégia de ter pessoas de diferentes setores falando pela empresa – aliado ao fato de a família de Henry Ford ainda ser dona da maior parte das ações – permite que a Ford se posicione de uma maneira mais humana do que qualquer outra montadora, criando uma relação de confiança com o consumidor. “Hoje em dia, em tudo o que fazemos, nós tentamos ajudar as pessoas a entenderem quem são os funcionários por trás da marca, quem cria o design do carro, quem são os outros consumidores com os quais você pode se relacionar, que também são proprietários de carros da Ford.”

Isso não quer dizer que o fator humano irá funcionar para todas as marcas. “Não importa quem você é como marca nas mídias sociais, mas depende de você ser verdadeiro. As pessoas vão perceber se você não for autêntico.”

#SteerTheScript

Desde os anos 1990, a Lincoln não anuncia no Super Bowl. Agora com o nome Lincoln Motor Co., a marca caminha para um renascimento que será marcado pelo comercial que vai ao ar no jogo de domingo. No final do ano passado, Jimmy Fallon foi encarregado de pedir que as pessoas tuítassem suas “road stories” com a hashtag #SteerTheScript.

As cinco melhores foram escolhidas para fazer parte do roteiro do comercial do Super Bowl, que poderá ser visto já a partir de sexta-feira. “Foi um risco que corremos”, admite.

“É sempre um risco quando você entrega sua marca nas mãos do consumidor, especialmente se é uma marca que ainda está buscando se firmar como a Lincoln, que quer mostrar que é progressiva, moderna e ao mesmo tempo aconchegante”.

Futuro Mobile

Ao se falar em futuro do marketing digital, Scott Monty tem apenas uma palavra: mobile. Hoje em dia os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, o que exige das marcas um maior entendimento sobre como seus consumidores se relacionam com eles.

Nos próximos anos, será muito difícil pensar em experiências de marca sem incluir o mobile. A Ford está apostando nessa ideia com o lançamento do Ford Developer Program, pois defende que o Sync AppLink pode tornar a experiência de dirigir um carro melhor e mais segura, já que o motorista pode usar comandos de voz para acessar seu smartphone.

Por enquanto, o programa está trabalhando com três categorias (tanto nos sistemas iOS quanto Android): Notícias e Informação, Música e Entretenimento, e Navegação e Localização. Todos os aplicativos passarão pela análise da Ford, que depois irá trabalhar em parceria com os desenvolvedores para providenciar a distribuição.

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TED apresenta Ads Worth Spreading 2012

Com o objetivo de fazer uma curadoria de campanhas que fossem tão fascinantes quanto suas palestras, propagando ideias poderosas e provocativas, o TED criou em 2010 o Ads Worth Spreading. Na última semana, a organização anunciou os 10 escolhidos de 2012, com direito a um relatório que conta a história por trás das campanhas a partir de três diferentes perspectivas: os criativos, os grupos responsáveis pelas indicações e os consumidores.

O material traz informações importantes para quem atua ou quer entender o mercado da comunicação. Logo na introdução, a primeira constatação: anúncios devem ser guiados por ideias.

“As marcas devem criar e saber encontrar seu lugar em grandes conversas culturais. Nós também descobrimos que se anúncios vão transmitir uma mensagem, as agências devem se livrar da noção de que isso só pode ser feito em um filme de 15 ou 30 segundos”.

A integração com mídias sociais também foi apontada como imprescindível, com vídeos sendo postados no YouTube e depois compartilhados no Twitter e Facebook. Esta conversa pós-produção é considerada parte essencial da conversa entre marcas e consumidores.

“E se vai haver uma conversa, as marcas devem ter algo a dizer”.

Abaixo, as 10 campanhas selecionadas pelo Ads Worth Spreading:









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Socialnomics: mais estatísticas das mídias sociais

Sim, eu sei que publiquei ontem mesmo um infográfico sobre as redes sociais em 2012. Mas, sabe como é: o ano está chegando ao fim e as estatísticas começam a pipocar. Em setembro, o Yassuda assistiu a uma palestra de Erik Qualman, autor do Socialnomics, no Social Media Week em Chicago. É o mesmo Erik Qualman que assina o vídeo Social Media Video 2013, reunindo informações bem interessantes sobre o universo das mídias sociais. Algumas delas:

– Se fosse um país, o Facebook seria o terceiro mais populoso do mundo.

– 20% dos assuntos buscados diariamente no Google nunca foram procurados antes.

– Impactos online em nossa vida offline: 1 a cada 5 casais se conheceram na internet. Entre os casais gays, 3 entre 5 se conheceram na internet. Por outro lado, o Facebook foi culpado por 1 a cada 5 divórcios…

– O lançamento do Ford Explorer no Facebook gerou mais tráfego do que um anúncio do Super Bowl.

– Social gamers vão comprar US$ 6 bilhões em bens digitais em 2013.

– 53% das pessoas no Twitter recomendam produtos em seus tweets.

– 90% dos consumidores acreditam em recomendações de amigos. Apenas 14% acreditam em anúncios.

Só por conta dessas informações, já dá para perceber que este vídeo é bem importante, especialmente para quem trabalha com mídias sociais.

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Braincast 8 – CiberAtivismo: Manifestações na Rua ou no conforto do Sofá?

No Braincast dessa semana batemos um papo sobre várias manifestações que aconteceram ao redor do mundo nos últimos anos, e que tiveram influência (ou se iniciaram) pelo uso de ferramentas na Internet. Prática conhecida como “CiberAtivismo”. Até onde isso dá resultado? Os ativistas lutam do sofá de casa ou vão para as ruas protestar? Qual a importância disso (como estopim) para outros movimentos?

Nesta edição: Saulo Mileti, Jairo Herrera, Rodrigo Zannin e nossa ilustre enciclopédia da vida, mestre dos magos e principal Troll do prefeito Kassab: Luiz Yassuda!

Faça o download ou dê o play abaixo:

[1m42] Comentando os comentários
[1h11m] Esse eu Indico
[1h13m] Qual é a boa?

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.

Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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A mídia social da pequena e média empresa

Há algum tempo, venho pensando nas pequenas e médias empresas e sua relação com as Mídias Sociais. Claro, temos aqui como colaborador o Bob Wollheim, empreendedor que poderia até falar com mais autoridade a respeito de suas descobertas para a ResultsON, mas queria falar mais de empresas com negócios um pouco menos inovadores, por assim dizer, do que as startups de tecnologia que são pauta mais freqüente por aí.

Por isso, conversei com três amigos, com negócios distintos: o Erik Momo toca a 1900, pizzaria aqui de São Paulo criada em 1983 por sua família e, hoje, uma (na verdade, cinco) das casas mais requintadas quando o assunto é pizza; o Rodrigo Zapico estudou comigo na ECA-USP, mas preferiu a fotografia e especializou-se em fotografia de casamentos; o Maestro Billy é DJ e produtor musical e mantém, junto com sua mulher Mafê, o Estúdio Mellancia de produção de áudio.

Em comum, seu core business não é exatamente uma novidade no mundo, mas os três experimentaram o relacionamento mais direto com clientes, prospects ou formadores de opinião pelas Mídias Sociais e, em maior ou menor escala, possuem resultados interessantes para compartilhar.

Outra coisa em comum é o fato de todos eles ainda se enquadrarem em Pequenas ou Médias Empresas. Sobre as pequenas empresas, há dados interessantes do IBGE (talvez um pouco ultrapassados por serem de 2002, mas não muito distantes, devido à curva de evolução dos números desde os anos 80) sobre sua participação na economia do país: correspondem a 22% da receita gerada por todo o setor de comércio e serviços do país, mas respondem por mais de 60% dos empregos formais. Não são poucas as análises que apontam na reforma tributária à micro e pequena empresa uma grande saída para a geração de empregos no Brasil.

Incluo aqui também uma Média Empresa, a 1900, devido a um único fator que a torna comparável às Pequenas Empresas: seu orçamento publicitário anual não representa uma conta interessante às grandes agências, isto é, não se trata de uma quantia exorbitante para ser queimada em mídia e fazer o círculo veículo-BV-agência funcionar com grandes resultados. Não significa que a empresa gaste pouco, mas significa que ela não se pode dar ao luxo de gastar mal.

Como eles andam utilizando as Mídias Sociais para se aproximar de seus clientes?

– Da experiência pessoal para o perfil da empresa

Todos apontam o uso pessoal como primeiro contato. “Éramos nerds, usávamos CP500, TK82, TK85, AppleII e seus vários clones. Aprendemos a desenvolver a curiosidade e fizemos muita coisa com as precárias ferramentas que tínhamos. Videotexto, BBS, etc. Era a ‘internet’ da época” – conta Momo, que em uma discussão com amigos, soube do Twitter e que eles já haviam embarcado na onda. “Pensei ‘Eu estou fora! Não estou honrando minha turma! Preciso entrar e ver o que é’”. A febre do Orkut e a onda dos blogs também foi lembrada como um início do contato com estas novidades. “Voltei a me satisfazer por poder escrever os textos que tanto gosto e publicá-los por aí” – diz Zapico. Billy completa a idéia: “naquele momento (febre do Orkut) não sabíamos o tamanho que isso teria na nossa vida empresarial.”

Uma vez ambientados, a conclusão de utilizar tais canais para os negócios foi clara. Os perfis no Twitter pessoais geraram os perfis da empresa, de contato direto com o público. Mas não parou no Orkut, nos blogs ou no Twitter: Facebook e até o Ning também entram no discurso.

E como foi o primeiro impacto da experiência? Billy falou a respeito da crítica: “Numa busca no Twitter, achei um @ falando mal de uma dos programas web que cuidamos. Começei a seguí-lo e perguntei por que ele não gostava e ainda falava mal do produto. Na hora houve uma mudança de atitude. No final ganhei mais um ouvinte contente pela resposta e rapidez no contato direto”. Momo explicou um pouco da experiência com a crítica pela 1900: “Se alguém escreve algo sobre a 1900, qualquer um pode ler. O lado bom disso é que os elogios são compartilhados, mas as reclamações também”.

A transparência, quando se fala em comunicação de empresas, também é uma experiência bastante nova. “Ao entrar em contato com um cliente que reclama, você expõe suas falhas a todos os seus seguidores”, relata Momo, que fala em maior responsabilidade sobre o que se fala. “Uma vez escrita, por mais que se apague da sua timeline, ela (a mensagem) deixa vestígios” – e completa – “99% das informações são publicadas por mim e procuro fazer com cuidado para não deixar um texto com possível erro de interpretação”. Zapico conta sobre o relacionamento com suas clientes: “Não é nada difícil ter noivas me adicionando no Facebook e Orkut. Portanto ‘andar na linha’ e ser ‘politcamente correto’ nas mídias sociais é quase uma obrigação”.

– Resultados: contatos virtuais viram contatos reais. E trazem oportunidades

Billy é enfático quando fala sobre a experiência. “Excelente”. E completa: “Muitos contatos virtuais viraram contatos pessoais e consequentes novos clientes”.

Zapico e Momo falam sobre o contato com pessoas de fora de São Paulo. “Recentemente, recebi uma cotação de uma noiva da Bahia que havia visto um tweet de um dos meus seguidores comentando a respeito de fotos de casamento. Entrou em contato comigo e, dois e-mails depois, fechamos contrato para cobertura de seu evento em Salvador” – explicou Zapico. Momo diverte-se: “Há seguidores de clientes de fora de São Paulo que estão se organizando para virem conhecer a 1900, de tanto ouvir falar”.

– E o que interessa aos comunicólogos de plantão?

Se hoje tocam suas iniciativas em Mídias Sociais sozinhos, o futuro pode reservar alguma alocação de verba para melhorar o trabalho de comunicação online. “Atualmente, anuncio apenas em um guia de alto padrão e Google AdWords. No futuro, havia planejado a criação de um canal no YouTube para veiculação de filmes que ajudem as noivas na escolha de todos os profissionais do casamento.” – conta Zapico, que afirma – “Na verdade, seria interessante algo específico para esse tipo de mídia, sim”.

Momo vai ainda mais longe: “A publicidade vai mudar totalmente”. O futuro pode reservar um CRM online bem apurado: “Com base em histórico de consumo (sua própria base), preferências pessoais e hobbies (Facebook, Orkut) e locais frequentados (Foursquare), pode-se acertar perfeitamente o que cada cliente espera”. “A 1900 não tem um planejamento tradicional, mas já começamos 2010 com um direcionamento muito claro para Mídias Sociais”.

Billy conclui: “É a hora de começar a procurar um planejamento mesmo. Temos que pensar e agir de forma mais especifica para alcançar melhor e mais rápido os objetivos propostos pelo relacionamento nas Mídias Sociais”.

Não sei se algo aqui foi exatamente uma novidade, mas considerando que não estamos falando de empresas de tecnologia, o conhecimento da causa impressiona. Com certeza, há neste grande bloco de empresas muitas vezes ignoradas pelas agências grandes com áreas modernetes grandes oportunidades de comunicação muito bem feita, com chances de realmente tocar as pessoas como aqueles casos que vemos no exterior, mas que geralmente só funcionam no mundo mágico dos videocases.

Estou convencido que algumas das vagas que pequenas e médias empresas gerarão são voltadas a profissionais de comunicação. Considerando que este Eldorado de Mídia Social possui mais de 15.000 “Social Media Experts” por auto-definição, quem sabe não sejam 15.000 experts devidamente empregados num futuro próximo?

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Ensinamentos do #FichaLimpa para Mídias Sociais de políticos

ficha limpa

Todo publicitário que se diz modernete diz que adora o case do atual presidente dos US and A, Barack Obama. Claro, vitória da Internet, como bem disse o Merigo num post a respeito, já que foi pilar do contato e disseminação das idéias do então candidato. Diferentemente do que se pensa, a campanha de Obama também investiu pesadamente nas mídias tradicionais, mas o uso inteligente de conteúdo gerado pelos simpatizantes valeu todos os prêmios que a campanha ganhou depois das eleições de 2008.

bowieAí que ficamos naquela ansiedade para esperar quem saria o político brasileiro da corrida presidencial de 2010 que chegaria mais perto de um case Obama. Quer dizer, ficaram: não sei quem abraça com grande fervor as causas propostas pelos atuais pré-candidatos. Eu, pelo menos, não.

Mas havia uma causa interessante rondando as Mídias Sociais e que obteve números impressionantes e por mecânica até mais simples do que criar uma rede social, por exemplo. O desejo maior, quase utópico, é acabar com a corrupção, promessa que o brasileiro houve desde sempre, em lutas que já tiveram como apoiador até o “caçador dos marajás“. O objeto de interesse mais recente alimentado por este desejo: o Projeto de Lei Complementar nº 518 de 2009, conhecido popularmente como Lei Ficha Limpa. Resumidamente, o PLC 518/09 tornaria inelegível o candidato condenado por um período de 8 anos além da pena, e valeria também para políticos no poder, mesmo que o político renuncie ao cargo, como muitos envolvidos em escândalos espertamente fizeram para figurar novamente no Congresso após a eleição seguinte.

O plano: ganhar a opinião pública. A Lei Ficha Limpa partiu de movimento popular, ganhou atenção no Congresso, mas passou a ser mais comentada de uns meses para cá. Por meio de uma grande mobilização de pessoas, mais de 2 milhões de brasileiros assinaram um abaixo-assinado favorável à aprovação do projeto. Quando manobras para adiar a votação do projeto pelo Congresso começaram a ser articuladas, foram enviados mais de 41.000 e-mails para cada deputado federal em exercício por pessoas comuns como eu ou você. Não havia como a grande mídia ficar de fora, e a cobertura foi ostensiva.

Resultados efetivos? Aprovação no Congresso, sem mudanças no texto da Lei, e aprovação por consenso no Senado. Falta apenas a sansão presidencial e a mobilização é para que a lei já valha para estas eleições.

Valendo ou não, a mobilização web em torno da pauta já é, sem dúvidas, meu case político e canarinho preferido deste delicado ano de eleições e Copa do Muuuuundo, como diria Galvão Bueno. Em minha modesta opinião, Política por Mídias Sociais serve para que as pessoas possam discutir abertamente o que não se fala nos programetes de Horário Eleitoral Gratuito e não para que um candidato ache que será um presidente aclamado pelo povo. Você se imagina fazendo santinhos a la Obama para algum pré-candidato?

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Intel patrocina badges do Foursquare durante CES 2010

Foursquare Intel

Depois da Pepsi, a Intel é a nova grande marca a investir na crescente popularidade do viciante Foursquare.

Para incentivar que as pessoas sejam ativas e conheçam lugares diferentes, o Foursquare dá “badges” como mimos virtuais, são selos que indicam a quantidade e diversidade da sua participação no serviço.

Por exemplo, tem a “Superstar” pra quem já deu check-in em 50 lugares diferentes, “School Night” pra quem saiu depois das 3h da manhã em um dia de semana, “Don’t Stop Believin” para aqueles que foram três vezes em um karaokê, “Pizzaiolo” pra quem já conheceu vinte diferentes pizzarias, etc. São dezenas de badges.

O que a Intel fez foi patrocinar 15 badges específicas relacionadas a CES 2010, a maior feira de tecnologia da atualidade, que termina hoje em Las Vegas. Além da simpática presença no Foursquare, a ação inventiva que os visitantes da CES conheçam o stand da Intel na feira, e participem das apresentações da marca durante o evento.

Os locais exatos para se dar check-in estão sinalizados nos corredores e salas da CES, e a Intel promete prêmios e um Netbook para aqueles que forem mais engajados.

Foursquare Intel

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Com concurso no Facebook, Vitaminwater lança sabor chamado “Connect”

Facebook Vitaminwater

Depois de pedir ajuda aos seus fãs (mais de 1 milhão) no Facebook , a marca de energéticos Vitaminwater, pertencente a Coca-Cola, divulgou hoje seu novo sabor.

Quem deu a sugestão vencedora, Sarah de Illinois, levou 5 mil dólares de prêmio.

Concursos em que consumidores ajudam a criar produtos não é novidade, mas o bacana é que o novo sabor de Vitaminwater se chama Connect, e leva o logo do Facebook no rótulo.

Facebook Vitaminwater

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Por que não apostar em qualquer número que se vende por aí?

numbers

Durante esta semana, a E-Life publicou um estudo sobre os hábitos dos internautas brasileiros em relação às Mídias Sociais. Uma das coisas interessantes de se ver é que o Twitter é bastante expressivo em lembrança entre a parcela mais heavy user de Internet, sendo o primeiro serviço lembrado por 38,5% dos entrevistados, sendo que pouco mais de 80% dos respondentes já possuem cadastro nele e 86% destes usuários fazem uso quase diário da ferramenta.

Conclusão interessante? Sim, se levarmos em consideração que outros serviços como o Orkut, YouTube, Facebook e afins têm espaço entre os internautas entrevistados, mas, apesar de já serem conhecidos até há mais tempo do que o Twitter, não possuem a mesma freqüência de uso.

Daí a considerarmos o Twitter a mídia social mais utilizada no Brasil, como ousaram afirmar o blog do Portal Exame (com o qual fiz contato) e a Época Negócios, existe uma grande diferença.

Como eu disse, eu entrei em contato com a repórter do Portal Exame via comentário, porque a reportagem continha dados errados: o texto original de Luiza Dalmazo fazia uma grosseira comparação entre o costume de uso entre Twitter e o Orkut. Afirmava o texto que a maior parte dos usuários do Twitter o utilizavam de 5 a 7 vezes por semana, enquanto os de Orkut utilizavam de 2 a 4 vezes. Eu chamo de grosseiro porque o gráfico que ilustra o post já desmentia de cara o parágrafo, apontando que mais de 72% dos usuários do Orkut o acessavam quase diariamente.

Então a repórter trocou o texto e respondeu-me via e-mail que passaria a utilizar estas porcentagens. Tendo em vista que o título continuava a querer mostrar que o Twitter havia passado o Orkut como “mídia social mais usada do Brasil”, respondi ao e-mail dela com mais alguns questionamentos, que agora trago ao leitor do Brainstorm #9.

O estudo aponta uma ligeira “liderança” na questão de uso diário do Twitter, mas é ligeira. Se considerarmos que o estudo deve ter uma margem de erro, podemos até chamar de empate técnico. Como? 86 contra 72 pontos percentuais? Não: 86% dos 80% que responderam ter Twitter contra 72% dos quase 90% que responderam ter Orkut.

Mas a anomalia da manchete da notícia não pára aqui. Uma outra pesquisa, um pouco mais abrangente, feita pelo Comitê Gestor de Internet do Brasil serviria para acabarmos de vez com esta brincadeira. Ao compararmos o perfil socioeconômico e a distribuição da população pelo território brasileiro da amostra da pesquisa da E-Life com a amostra da pesquisa TIC Domicílios 2008, fiel à real distribuição existente no Brasil, temos um choque: o público majoritário da pesquisa da E-Life corresponde a 1% da amostra de pesquisa do Comitê Gestor de Internet do Brasil.

Aí é só começar a pegar uns números por lá para continuar a surra nesta manchete surreal: ninguém perguntou ao pessoal da classe C (51% dos entrevistados da TIC Domicílios, sendo que 46% deles acessam diariamente a Internet e, segundo dados da Telefônica, já formam mais de 30% da base de Speedy e 80% das vendas atuais do serviço de banda larga) qual é o serviço que eles usam mais. Aí fica difícil.

É preocupante ver como anda a interpretação de dados por aí…

Mais sensato foi o G1 em apontar o Twitter como o queridinho da classe A ou a própria E-Life, em tirar como conclusão que 4 serviços podem ser destacados como os preferidos pela amostra.

Eu me pergunto se estariam todos os profissionais especializados em Internet dispostos a relatar dados sem maquiar um numerozinho sequer e se estariam todos os clientes de agências, ávidos por esta “novidade” chamada Mídias Sociais, preparados para filtrar montagens tendenciosas de gente querendo empurrar engodos como planos estratégicos ou querendo dar o furo do ano. Estariam?

A existência de tantos gurus de Mídias Sociais neste Brasilzão de Deus, a tentativa eloqüente da imprensa de tornar o Twitter o serviço mais popular do país e o número de retweets que a notícia com manchete equivocada teve dão dicas da resposta…

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