Facebook agora pode ouvir e reconhecer sons ao seu redor

As redes sociais têm evoluído para precisar de cada vez menos informações para contextualizar e complementar o que você compartilha com os seus amigos. Primeiro o Foursquare fez o Swarm, que detecta onde você está sem nem precisar de um check-in e avisa os seus amigos que você está na região. Agora é a vez do Facebook, que vai ouvir o que está tocando ao seu redor e identificará a música, filme ou programa de TV para que você possa adicionar essa informação à uma postagem.

Funciona assim: ao ativar a opção, o usuário vai ver um ícone que mostra que há um som tocando ao redor. Caso o sistema consiga associá-lo a um seriado, programa de TV, filme ou canção, mais detalhes sobre ela vão aparecer na tela, e o usuário poderá adicionar essa informação à sua atualização de status.

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É como se o Facebook tivesse colocado o app Shazam dentro do próprio app da rede social, e capaz de reconhecer tanto músicas quanto outras produções audiovisuais.

Já preparado para responder aos conspiradores de plantão – imagina, um microfone ativado, que reconhece sons ao seu redor, alguém mais pensou em ‘NSA’? – o gerente de produto do Facebook Aryeh Selekman esclarece que essa novidade só será ativada se  usuário escolher, o famoso ‘opt-in’, e que os sons não serão gravados.

As músicas identificadas terão um preview de 30 segundos, enquanto os seriados reconhecidos vão mostrar qual temporada e episódio está sendo assistido, mas com o cuidado de não trazer nenhuma visualização prévia para evitar spoilers.

a-new-optional-way-to-share-and-discover-music-tv-and-movies_4O ReadWrite lembra que esse detalhamento das atividades através de novas funcionalidades no Facebook pode ser uma informação interessante na hora de segmentar a audiência para anúncios e parcerias de mídia. A rede social já compartilha com algumas emissoras de TV dados sobre o principal assunto comentado durante a semana, e um maior detalhamento do entretenimento dos Facebookers pode ser uma interessante adição à linha de ‘serviços’ oferecidos por Mark Zuckerberg.

A nova funcionalidade será liberada aos poucos para usuários norte-americanos nos apps para Android e iOS – portanto, os brasileiros vão precisar aguardar um tantinho mais.

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Shows de Morrissey serão abertos por vídeo da PETA

Para marcar os 55 anos de Morrissey, a PETA criou um belíssimo apelo para que as pessoas – especialmente os fãs do cantor – adotem o veganismo. Ao som do clássico I Know It’s Gonna Happen Someday, uma animação assinada por Anna Sauders que conta a história de frangos criados para o abate. O vídeo será exibido na abertura dos shows do artista em sua turnê.

A PETA estima que 8 bilhões de frangos sejam mortos anualmente ao redor do mundo. É daí que entra a mensagem para que o público “faça do algum dia hoje” e “experimente o veganismo”.

A animação é bastante simples, mas com uma história envolvente – que inclusive lembra bastante The Scarecrow, da Chipotle -, e o lirismo de Morrissey se encaixou perfeitamente. Vale o play, independentemente da sua “orientação”.

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Navio toca “Seven Nation Army” em aniversário do porto de Hamburgo

O emblemático comecinho da canção “Seven Nation Army”, do White Stripes, pode ser ouvido de uma forma bastante diferente no aniversário do porto de Hamburgo, na Alemanha.

O transatlântico MSC Magnifica fez a sua participação na festa com um buzinaço que imitava o início da música. Quem estava no porto aplaudiu, com direito até a um ‘vai-curintia’ antes da performance do navio.

Esse tipo de brincadeira não é inédita. Outros navios já haviam feito, por exemplo, imitações do tema da Disney ou de filmes. Nem sempre sai a coisa mais bela, mas nesses casos, o que vale é a intenção.

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Cover de “Space Oddity” feito pelo astronauta Chris Hadfield agora é ilegal

Após alcançar mais de 22 milhões de visualizações, o vídeo do cover de “Space Oddity” feito pelo astronauta Chris Hadfield foi removido do canal oficial dele no YouTube.

Isso aconteceu porque a permissão para uso da canção, concedida por David Bowie depois de um esforço coletivo da NASA, da agência espacial russa ROSCOSMOS e da agência espacial canadense, venceu ontem, e apesar dos apelos dos fãs do astronauta, não foi possível renovar a autorização do cover.

“Estamos tentando renovar a licença, mas não existem garantias para vídeos gravados no espaço”, brincou Hadfield no Reddit, esclarecendo a situação aos seus admiradores e citando um artigo da Economist que detalhava a complexa questão do copyright ‘espacial’.

Pessoalmente, acho curioso que um vídeo de tamanho sucesso não tenha recebido a autorização de Bowie para continuar no ar oficialmente. Com a suspensão do clipe no canal oficial de Hadfield, o que acontece é a intensa proliferação de cópias, que agora estão disponíveis em canais não oficiais do astronauta.

Hadfield foi o mais politicamente correto possível, e acionou sua base de fãs avisando que ontem era o último dia para apreciar a canção gravada por ele no espaço, mas a verdade é que isso não existe na internet. Depois de publicado, um item dificilmente consegue ser completamente removido da rede. Não teria sido mais proveitoso se os representantes de Bowie e Hadfield tivessem chegado a um acordo, quem sabe oferecendo um link direto para a compra da música na versão do astronauta, revertendo parte do valor para Bowie?

 Hadfield fez um favor para Bowie, recuperando e de certa forma modernizando a canção para as novas gerações.

Arrisco até a dizer que Hadfield fez um favor para Bowie, recuperando e de certa forma modernizando a canção para as novas gerações (que talvez nem saibam que a canção é de David Bowie, mas tenham apreciado o timing e a sinergia entre o momento do astronauta e a profundidade da letra). Além disso, quando é que Bowie poderia ter um clipe de Space Oddity gravado do espaço?

Fica aqui o embed do vídeo oficial de Chris Hadfield, na esperança de que a equipe de Bowie reconsidere a questão, ouça o apelo dos fãs da versão espacial de Space Oddity e autorize novamente a divulgação do vídeo.

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Estamos cada vez mais impacientes, nem aguentamos ouvir uma musica inteira

Chamar a geração de impaciente nem é uma crítica nova. Há anos se ouve falar do imediatismo e da instantaneidade dos jovens, e do quanto a nossa capacidade de concentração está cada vez menor.

Esses dados do Spotify, no entanto, são um pouco alarmantes: estamos tão impacientes que não aguentamos ouvir uma música inteira. Segundo o streaming de música, quase 25% de todas as músicas são puladas logo nos 5 primeiros segundos, o que eu gosto de pensar que é a versão musical de zapear por canais de TV. No entanto, mais de 33% das canções são ouvidas por apenas 30 segundos, e quase metade de todas as músicas são puladas em algum momento antes do final.

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% da música que foi ouvida

 

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Segundos da música tocados antes do skip

Passar dos 12 segundos ouvidos é um sinal de comprometimento – depois desse período, a tendência é que a música seja ouvida até o final. E, como era de se esperar, os adolescentes são os que menos têm paciência: a grande maioria deles pula canções com frequência. Curiosamente, os mais velhos também estão entre os que mais apertam o botão de ‘forward’.

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Comportamento por idade

 

Paul Lamere, diretor da Echo Nest e organizador desses dados, acredita que esse comportamento tem mais a ver com o tempo livre disponível do que com a faixa etária. “Os adolescentes têm mais tempo, enquanto os adultos de 30 e poucos, com seus filhos pequenos e trabalhos, não têm tempo para ficar cuidando do seu player de música”, especula ele. Isso também é uma verdade durante os fins de semana – enquanto os usuários não estão trabalhando, o índice de ‘puladas’ de música aumenta.

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Comportamento por hora do dia

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Comportamento por dia da semana

No entanto, uma outra teoria sugere que os adolescentes estariam usando a conta do Spotify dos seus pais (espertinhos!), o que gera essa quebra de padrão.

Para Lamere, esses dados evidenciam que quanto maior o engajamento do ouvinte com o tocador de música, maior é a chance de ele pular uma determinada canção. “Quando a música está tocando para preencher o ambiente, como quando estamos trabalhando ou relaxando, ‘pulamos’ menos canções”, argumenta ele. “Quando temos mais tempo livre, como quando somos jovens, ou estamos em casa depois do trabalho, ou durante um fim de semana, queremos selecionar melhor o que vamos ouvir, e pulamos mais músicas”, conclui.

Dá até saudade daquela época em que você apertava o ‘forward’ do Winamp sucessivamente, e tinha tempo livre…

(ps: não me venham com ‘Winamp foi descontinuado’. Winamp ainda vive, graças à Radionomy)

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Years: a música das árvores

Bartholomäus Traubeck é alemão, nascido em Munique, em 1987. Não consegui achar a forma como ele se define: artista plástico ou músico. Fato é que ele teve uma ideia bem interessante ao ver um tronco de árvore cortada (suponho eu): e se eu fizer um disco disso e colocar pra tocar na minha vitrola, o que será que sai? 

Bom.. ele fez isso. E adaptou uma vitrola comum pra que, ao invés de agulha, ela funcionasse com um leitor óptico para reconhecer os sulcos na madeira e um sintetizador, atribuindo assim um som pra cada pedacinho do disco.

O resultado disso é o projeto Years. E as diferentes faixas, com madeiras de diferntes tipos de árvores, podem ser ouvidas aqui.

Se você não fez a relação entre o nome do projeto e o projeto em si, vale lembrar da aulinha de biologia que nos explicava que as árvores, a medida que envelhecem, crescem não só em altura como em diâmetro. E assim vão ganhando uma nova “camada de anel”, por assim dizer.

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Dr. Dre pode ter confirmado compra da Beats pela Apple

Circula na mídia há algumas horas a notícia de uma suposta compra da Beats Electronics, responsável pelos caríssimos fones Beats by Dre, pela Apple, por uma quantia que chegaria aos 3,2 bilhões de dólares. A informação, divulgada inicialmente pelo Financial Times, ainda não havia sido oficialmente confirmada, mas um vídeo do ator Tyrese Gibson pode ter comprovado (sem querer) o rumor.

Em um trecho do clipe, o próprio Dr. Dre se anuncia como “o primeiro bilionário do hip-hop”, e Tyrese brinca que “vão precisar atualizar a lista da Forbes, as coisas acabaram de mudar”. Em nenhum momento a Apple é mencionada, mas o fato do vídeo ter sido rapidamente removido do YouTube dá ainda mais força à teoria de que os amigos estavam mesmo comemorando a aquisição da Beats.

Para a Wired, a compra faz bastante sentido: a Beats vende a mesma ‘aura’ de luxo que a Apple, e conseguiu transformar um equipamento bastante banal em um item de ostentação. Há quem acredite que mais do que a aquisição de uma marca de fones de ouvidos premium, a Apple estaria mesmo interessada no aplicativo de streaming de música da Beats. Considerando que o iTunes não é um dos players favoritos, dando larga vantagem para iniciativas como o Spotify e Rdio, pode ser uma jogada interessante, mas alguns analistas dizem que isso não faz tanto sentido, já que o Beats Music não é, nem de longe, um bom app de música.

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Além do app e da ‘vibe’ jovem e descolada, com a compra da Beats a Apple pode levar também 64% do mercado de fones de ouvido premium (que não necessariamente são de altíssima qualidade, mas que custam bastante) por um precinho até que camarada: a Beats foi avaliada em 2 bilhões de dólares no ano passado, portanto a compra por 3,2 bilhões não parece tão inflacionada assim.

Thássius Veloso, do Tecnoblog, especula que talvez a Apple estivesse aguardando WWDC, conferência anual para desenvolvedores que acontece em 2 de junho, para anunciar oficialmente a aquisição da Beats. Com o deslize do rapper, contudo, talvez a empresa precise dar uma acelerada nesses planos.

 

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Artistas se unem em campanha contra a demência

Gina Shaw é uma ex-enfermeira que foi diagnosticada com demência, uma doença que ocasiona na perda de funções cerebrais, como memória e raciocínio. É ela quem puxa o coro de “With a Little Help From My Friends”, clássico dos Beatles que agora ganha um sentido completamente novo neste filme criado pela DLKW Lowe, com produção da Pulse Films: convocar os britânicos a se conscientizarem sobre a demência.

 Por trás do projeto estão os Dementia Friends, da Public Health England e a Alzheimer’s Society. O objetivo é ajudar o público a entender o que é a doença e como seus portadores ainda podem ter qualidade de vida, com ajuda, compreensão e paciência das pessoas que as cercam.

Entre os artistas que fazem coro com Gina estão Chris Martin, Lily Allen, Lesley Manville, Ray Winstone, Amanda Holden, Jim Sturgess, Simon Pegg, Pixie Lott, Hugh Dennis, Alesha Dixon, Paul O’Grady, Fiona Phillips, Ruth Langsford & Eamonn Holmes, Michael Vaughn, Ruth Jones, Huey Morgan, Tim Wheeler, Leighton Baines, Antonia Thomas, Sir Terry Pratchett, Meera Syal e Angela Rippon.

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Becel apresenta música criada com batidas do coração

Há alguns anos, a gente tem acompanhado na televisão as propagandas da Becel, que se posicionou como um produto voltado a pessoas que se preocupam com a saúde, especialmente do coração. Agora, a marca resolveu dar um passo além ao apresentar uma música criada com batidas do coração, transformando emoções em melodia.

Para colocar a ideia em prática, a Brandwood convocou o produtor e músico Lucas Lima. O primeiro passo foi escolher um evento que faria o coração dos convidados bater mais forte – um casamento. Noivos, pais e padrinhos foram, então, monitorados com frequencímetros, desde o momento em que se arrumavam até o casório em si. Ansiedade, orgulho, amor, felicidade… tudo foi registrado.

Em seguida, “Na Batida do Coração” começou a tomar forma, com a frequência de cada emoção sendo traduzida em melodia por Lima. Foram usados violinos, violas, violões, guitarras, baixo, bateria,  Marxophone, piano, piano de brinquedo, flauta transversal, teclados, dois instrumentos de percussão e palmas.

Particularmente, acho que marca e agência mandaram bem demais. O resultado disso tudo, você confere no vídeo acima.

Ah, e para quem quiser, a música pode ser baixada gratuitamente aqui.

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Ache as letras escondidas do Coldplay e ganhe um ingresso para ver a banda em Londres

Para ajudar a divulgar seu sexto álbum, Ghost Stories, o Coldplay escondeu em bibliotecas de vários países alguns rascunhos de letras de Chris Martin. Segundo o vocalista, elas estão dentro de livros de fantasmas. Para encontrar as letras, os fãs devem seguir dicas postadas no Twitter da banda.

A ação de esconde-esconde é uma brincadeira interessante para promover o disco, e o mais inusitado é o vale-brinde da história: em um dos livros onde as letras estão escondidas, há um bilhete dourado.

Quem achar o bilhete dourado ganha um ingresso para ver a banda ao vivo, no Royal Albert Hall, em Londres.

Teriam os garotos comportados do Coldplay se inspirado na Fantástica Fábrica de Chocolates? Ao que parece, Chris não vive a fase mais doce de sua vida – está recém-separado da Gwyneth Paltrow – e isso já se reflete nas primeiras músicas divulgadas de Ghost Stories.

Pelo singles novos que ouvi, a estratégia de divulgação de Ghost Stories me parece bem mais inspirada do que o próprio disco.  Vamos descobrir em 19 de maio, quando Ghost Stories será lançado oficialmente. Até lá, vamos procurando nossos bilhetes dourados.

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Animação da WWF revela um drama no fundo do mar

A música é um importante elemento Seastars, campanha da WWF da Holanda com conceito da Ogilvy & Mather de Amsterdã e animação do estúdio Not To Scale. Composta por Darre van Dijk e Guido Dieteren, a canção é interpretada pela Guido’s Orchestra e Wyke van Weelden e ajuda a criar o clima dramático para mostrar uma história que se passa no fundo do mar.

Tão bela quanto triste, de certa maneira esta animação traz aquele sentimento dos primeiros minutos de Procurando Nemo, quando ocorre uma tragédia, aqui causada pela pesca em larga escala.

A canção está disponível para compra no iTunes.

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Campanha contra o câncer de mama incentiva mulheres a tocarem-se

No início da década de 1990, a banda australiana Divinyls entrou de vez no mapa  – e causou muita polêmica – por conta de “I Touch Myself”, uma música que falava claramente sobre masturbação. Em 2013, a vocalista Chrissy Amphlett morreu, vítima do câncer de mama, e um ano depois, o Cancer Council, seus amigos e familiares resolveram homenagear a cantora com o “I Touch Myself Project”, uma campanha dedicada a conscientizar as mulheres sobre a doença incentivando-as a tocarem-se.

Com criação da JWT de Sydney e produção da SOAP Creative, o vídeo principal é de arrepiar. Em preto e branco, ele reúne importantes artistas australianas, como Olivia Newton John, Megan Washington, Sarah McLeod, Katie Noonan, Sarah Blasko, Suze DeMarchi, Deborah Conway, Kate Ceberano, Little Pattie e Connie Mitchell em uma interpretação singela de “I Touch Myself”, que adquire um sentido completamente novo e diferente dentro deste contexto.

O vídeo será comercializado no iTunes e Google Play e toda a renda será revertida ao Cancer Council.

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Primeiro álbum do London Grammar continua a beleza dos primeiros singles

Jogue num liquidificador: Florence + The Machine, Bat For Lashes e Lorde. Misture bem. O resultado é London Grammar, um trio pop-atmosférico-trip-hop que lançou seu primeiro álbum em setembro do ano passado.

A produção do disco é impecável, e os vocais quase líricos de Hannah Reid perfuram as músicas com força e impacto.

Eles são ingleses e fazem um som simplesmente lindo. Seu primeiro single, Hey Now, apareceu em 2012 e virou um objeto de culto tanto na Inglaterra quanto na Austrália. Com o sucesso, gravaram o EP Metal & Dust, que foi direto para o quinto lugar em vendas na iTunes Store.

O estilo que eles encontraram misturando os efeitos de teclado com percussão, guitarras e o vocal catedrático de Reid definiu a cara da banda: um som contemplativo (não dá pra imaginar ouvi-los num churrasco), daqueles que você coloca no volume máximo, deita na cama e apaga a luz pra viajar junto.

Momentos como Stay Awake são raros, e essa música upbeat é quase um contraste com o tema predominante do disco, onde a mágoa, a melancolia e a solidão ganham mais espaço.

Apesar de parecer tristes, são sentimentos como estes que impulsionam Reid, Dot Major e Dan Rothman a alcançar momentos sublimes como a impressionante Wasting My Young Years, uma verdadeira tempestade sentimental deflagrada por uma das melodias mais bonitas do disco.

Só por esta faixa, If You Wait já tem tudo para se destacar em meio à grande maioria das outras bandas sem personalidade que há por aí. Mas o disco tem tantas outras músicas boas que já esbanja potencial para virar um pequeno clássico. Se isso vai mesmo acontecer, daqui a 10 ou 20 anos descobriremos. Mas por enquanto, If You Wait pode muito bem ser o disco do ano (no mundo do pop, pelo menos).

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Grupo de hip hop vai lançar álbum único, para ser apreciado como obra de arte

A incrível facilidade de acesso à música nos últimos anos, com arquivos mp3 circulando facilmente pela rede, seja pelos meios legais ou ilegais, pode ter diminuído um pouco o valor da arte musical, transformando os álbuns em quase que commodities do entretenimento.

Por isso que a iniciativa do grupo de hip hop Wu-Tang Clan chama tanto a atenção – eles irão lançar uma única cópia do seu mais novo álbum, ‘The Wu – Once Upon A Time in Shaolin’, que será vendido como item de luxo, com preço estimado ‘na casa dos milhões’. O disco virá dentro de uma caixa feita de prata e níquel, criada pelo artista britânico-marroquino Yahya, com o claro intuito de fazer a experiência ser a mesma da aquisição de um original de Picasso ou Rembrandt. “Será como ter o cetro de um rei Egípcio”, gaba-se Robert ‘RZA’ Diggs, membro do Wu-Tang Chan, em entrevista à Forbes.

O disco irá rodar por museus, galerias e festivais, onde o público poderá pagar ingressos entre 30 e 50 dólares para ouvir as canções.

Antes da venda dessa unidade exclusivíssima, o disco irá rodar por museus, galerias e festivais, onde o público poderá pagar ingressos entre 30 e 50 dólares para ouvir as canções desse álbum único – sempre usando fones de ouvido, como uma forma de garantir que não haverá pirataria (!).

Apesar da ousada iniciativa de manter esse álbum ‘longe’ do alcance do público em geral, o Wu-Tang Chan deve fazer o lançamento simultâneo de outro disco, intitulado ‘A Better Tomorrow’, esse sim feito do jeito tradicional, disponível para compra por apenas algumas dezenas de dólares.

Ou seja, o que a princípio dá a impressão de um manifesto pelo reconhecimento da arte musical passa a parecer um simples PR Stunt, não?

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School Of Language lança segundo disco após seis anos

School Of Language é uma banda (infelizmente) pouco conhecida. É o projeto paralelo de David Brewis, originalmente líder de outra banda ainda menos conhecida, a Field Music.

Ambas as bandas transitam em um território pop alternativo de muito bom gosto e fazem um som que lembra desde The Futureheads até TV On The Radio. Diferente do que eles fizeram em seu álbum de estreia (onde quase tudo era num tempo quebrado, sem refrões grudentos e melodias nada amigáveis para o rádio), o single novo é um pop um pouco mais palatável. Dress Up tem uma aura retrô (que single de hoje em dia não tem?) que mescla belos vocais com detalhes bem pensados de arranjo, principalmente no final.

Eu gosto deles porque sei que não vou ouvir aquela mesma guitarra com os mesmos 4 acordes com o mesmo andamento de sempre. Nada contra, eu adoro esse tipo de indie rock, mas às vezes é bom ouvir algo que você não espera.

E o legal do do School Of Language é que eles entregam justamente o que você não espera. Não é o pop mais fácil do mundo, mas vale a pena insistir.

Mês que vem sai o segundo disco do projeto School Of Language, chamado Old Fears. Demorou esse tempo todo porque David estava trabalhando em mais um álbum da Field Music e excursionando com ela. Agora ele voltou para seu plano B e parece estar tão ou mais à vontade aqui do que em seu trabalho oficial.

Se você gostar da musica acima, procure o primeiro disco e divirta-se.

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Freira descolada surpreende os jurados do The Voice e viraliza na rede

Nada como uma boa surpresa para fazer com que cada um reveja seus próprios preconceitos. Os jurados da edição italiana do The Voice foram lembrados disso com a participação da Irmã Cristina, de 25 anos, que subiu ao palco devidamente paramentada e cantou lindamente uma versão de ‘No One’, de Alicia Keys.

Nos bastidores, é bacana observar a torcida de outras irmãs, colegas de Cristina no convento, torcendo por cada um dos ‘giros’ dos jurados. Depois de ver quem estava cantando, o rapper J-Ax, primeiro jurado a girar a cadeira, incentiva seus colegas a fazerem o mesmo, e todos eles acabam se virando para ver Cristina cantar.

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A expressão da jurada Rafaella Carrá ao se dar conta de que aquela voz é de uma freira também é impagável.

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Questionada sobre o que o Papa ia achar sobre a sua participação no programa, Cristina diz que não sabe, e ainda está aguardando uma ligação dele sobre isso, mas que irá argumentar que está apenas seguindo o conselho do líder da Igreja Católica de usar os seus talentos para evangelizar. Pela emoção de J-Ax, jurado escolhido por Cristina como tutor, e pela viralização do vídeo, que já tem mais de 24 milhões de visualizações, parece que o Papa Francisco não vai ter do que reclamar.

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Dash, o fone de ouvido wireless inteligente que também tem funções de fitband

Esqueça os fones de ouvido monstruosos, que apertam as suas orelhas ou que caem quando você resolve sair para aquela corridinha. O Dash promete ser o fone de ouvido que você sempre quis.

Mesmo sendo pequeno e tendo encaixe intra-auricular, ele também é um mp3 player com 4GB de armazenamento, traz microfone embutido (que funciona a partir de indução óssea), conecta com gadgets através de bluetooth, monitora suas atividades físicas, os seus batimentos cardíacos e funciona até como relógio esportivo. Os controles são acessados através do toque na superfície do Dash.

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“Ah, mas fones de ouvido intra-auriculares nunca encaixam direito na minha orelha”. O pessoal que criou o Dash também pensou nisso, e criou ‘capinhas’ de silicone para o fone em três diferentes tamanhos  (P, M e G) e a empresa garante que ele não sai do lugar, devido ao design que tem três principais pontos de encaixe no ouvido.

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A aceitação do público foi tão grande que o projeto já alcançou 2,8 milhões de dólares em financiamento no Kickstarter. Diante do sucesso, a Bragi, fabricante do Dash, anunciou diversas ‘metas expandidas’ – o alto valor investido pelos financiadores coletivos já garantiu que o Dash consiga ter uma caixinha para armazenamento, controles avançados a partir de um app e até mesmo um aplicativo para Windows Phone. Caso alcancem a marca de 3.333.333 milhões em financiamento nos próximos 17 dias, a Bragi vai oferecer aos apoiadores um modelo de fone branco, outras cores exclusivas e uma cordinha que garante aos mais aventureiros que eles não vão perder o fone em um salto de paraquedas, por exemplo.


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Quem se interessar pode adquirir o Dash por 199 dólares com entrega em janeiro de 2015 ou pagar um pouquinho mais, 239 dólares, para recebê-lo a tempo do Natal.

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Novo clipe do Cut Copy tem stop motion com bonecos impressos em 3D

A banda australiana Cut Copy, em parceria com o estúdio criativo Party, acaba de lançar o vídeoclipe para a música “We Are Explores”, do seu novo álbum “Free Your Mind”.

Foram impressas 200 bonecos, usados em grupos de 8, cada um focando em um tipo de movimento a ser filmado em sequência.

O resultado foi um stop motion com dois personagens impressos em 3D andando pela cidade à noite, coletando artefatos como cigarros, CDs, papeis, etc.

A jornada épica dos personagens pelas ruas surgiu da ideia dos diretores Aramique Krauthamer e Masa Kawamura de fazer um stop motion diferente e que acoplasse novos recursos tecnológicos como uma impressora 3D.

As duas figuras foram projetadas em Cinema4D por Mau Morgo, impressas com filamento amarelo florescente em uma Stratasys 1200es, para contrapor com a noite e as luzes de Los Angeles.

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Além do aspecto criativo, o vídeo foi feito com a ideia de ser remirado pelos fãs. Por isso, a equipe distribuiu via BitTorrent um pacote contendo a música, o vídeo e todos os arquivos de impressão 3D para encorajar as pessoas a recriarem o processo de sua maneira.

Apesar da necessidade de uma impressora 3D para colocar a mão na massa e criar sua própria aventura com trilha do Cut Copy, tanto o vídeo quanto seu processo de criação espelham boas ideias a serem realizadas com diferentes recursos e tecnologias de hoje e amanhã.

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Copos de Stella Artois viram instrumentos musicais

Os cálices de vidro da Stella Artois são preciosos para qualquer amante de cerveja. E, graças ao escultor e pesquisador do MIT Andy Cavatorta, virou matéria-prima de quatro instrumentos musicais de vidro.

“Queríamos destacar os princípios de esforço, determinação e dedicação que a Stella Artois carrega em sua concepção.” – Debora Koyama, VP para PSFK

O projeto, chamado The Chalice Symphony, também envolveu a banda Cold War Kids, que deu vida aos instrumentos ao tocar sua nova faixa “A Million Eyes” e, assim, transformar vidro em música.

Cada instrumento – Hive, Pryophone, Star Harp e Violina – também estão expostos em uma galeria montada pela marca no Lower East Side de Manhattan.

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Para dar um gostinho, além do vídeo e fotos no site do projeto, o próprio escultor Andy Cavatorta registrou todo o processo de criação de cada instrumento em seu blog.

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Damon Albarn divulga segundo single de seu álbum solo

A inquietude criativa do genial Damon Albarn não para de render bons frutos para o bom pop do nosso tempo.  Depois do Blur, Gorillaz, The Good The Bad The Queen, Rocket Juice & The Moon e alguns outros projetos e trilhas que pouca gente conhece por aqui mas que também revelam a diversidade do músico britânico, agora chega a vez de Everyday Robots, seu primeiro disco solo oficial.

No mês passado, Damon divoulgou o primeiro single do álbum. A música-título do disco é um pouco desconcertante e provoca o ouvinte com a mesma escuridão dos tempos de Essex Dogs (do Blur), e sua dificuldade se transforma em recompensa após algumas audições.

Lonely Press Play é o novo single, e seu clima soturno confirma a definição que o próprio Damon deu para seu disco: “pessoal, contemplativo, uma reflexão sobre o homem versus a máquina”.

A música é linda e também é daquelas que vai se descortinar por inteiro só depois de alguns repeats, revelando todas as suas nuances.

Agora só nos resta esperar até abril, quando o álbum será lançado oficialmente, para descobrir os outros devaneios de um artista que já passeou por tantos caminhos musicais que hoje pode se dar ao luxo de fazer exatamente o que quer.

Que venha abril. Até lá, “if you’re lonely press play”.

 

 

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