Coca-Cola compara as fases da vida com o futebol da Argentina

Argentina e comerciais futebolísticos sempre significam grandiosidade, nacionalismo e discurso apaixonado pelo esporte, ainda que com os dois pés fincados na pieguice.

Para a Copa do Mundo no Brasil, a Coca-Cola utilizou dos mesmos elementos para emocionar o povo argentino. No comercial, uma partida de futebol (mais precisamente da Argentina) é comparada com as fases da vida.

Intitulado “A Copa de Todos”, o filme tem criação da Wunderman e produção da Blue.

Coca-Cola

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A Copa do Mundo de 2014 está na boca do povo

Será que a Seleção Brasileira vai mesmo vencer a Copa do Mundo 2014, jogando em casa? Quem adora ou nem se importa com Cristiano Ronaldo? Será que alguém pode parar Messi? Afinal, qual time vai se consagrar campeão este ano? São tantas as perguntas, opiniões e palpites que o assunto está na boca do povo, como bem retrata a ESPN em seu novo filme.

Criado pela Wieden + Kennedy de Nova York, o comercial mostra fãs apaixonados – e outros nem tanto – discutindo o que vem por aí na Copa do Mundo, mostrando a força que o tema ganha a cada quatro anos.

A campanha também contará com uma série de pôsteres assinada pelo designer brasileiro Cristiano Siqueira, retratando cada uma das 32 seleções participantes, e os primeiros já foram divulgados.

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Gatorade mistura futebol com Cinderela em comercial

Em novo comercial para a Copa do Mundo, para os mercados de Brasil, Estados Unidos, México e Costa Rica, Gatorade mostra a união de trabalho árduo com magia.

Messi, Sérgio Ramos, David Luiz e Donovan treinam e jogam ao som de “Bibbidi-Bobbidi-Boo”, a canção da fada do clássico da Disney, “Cinderela”.

Criação da Lew’Lara/TBWA.

Gatorade

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Designer recria pôsteres das Copas entre 1930 e 2014

Com a data de início da Copa do Mundo 2014 cada mais próxima, o tema está presente no noticiário, publicidade, entretenimento e até mesmo nos projetos paralelos de designers como James Campbell Taylor, que resolveu recriar os pôsteres dos campeonatos realizados entre 1930 e 2014.

Na descrição do projeto no Behance, o designer explica que ao longo de 84 anos, o evento contou com pôsteres muito legais e outros que deveriam ser esquecidos, mas uma coisa é bastante perceptível: os caminhos seguidos pelo design ao longo dos anos.

“Cada Copa do Mundo tem seu próprio sentimento em particular, que eu tentei demonstrar em cada design, ao mesmo tempo em que tentei evocar o período gráfico… e esperando conseguir melhorar alguns dos originais”.

No site de James, é possível encontrar os pôsteres originais, enquanto a série assinada pelo designer você confere abaixo:

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Emirates convoca Cristiano Ronaldo e Pelé para nova campanha

Após ser anunciado como novo embaixador global da Emirates, em janeiro, Pelé agora divide a tela com Cristiano Ronaldo em “All Time Greats”, nova campanha da companhia aérea. Mirando na Copa do Mundo 2014, o filme “Hero” se passa a bordo de um Airbus A380 e mostra dois passageiros tentando descobrir se é ou não é um conhecido jogador de futebol.

Enquanto Cristiano Ronaldo tem certeza de que estão falando dele, o engano é corrigido quando eles falam que o tal jogador ganhou três Copas do Mundo. É aí que Pelé surge em cena. O problema é que nem todo mundo sabe que o nosso Rei do Futebol é, realmente, o Rei do Futebol…

Com criação da BBDO, ficou no mínimo divertido. Tem legendas em português.

 

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Isso é o que acontece quando Cristiano Ronaldo, Neymar e Rooney não ligam para o que as pessoas pensam

A Nike lançou sua nova campanha para a Copa do Mundo, intitulada Arrisque Tudo, e o comercial acima faz a introdução da assinatura.

Cristiano Ronaldo, Neymar e Rooney são mostrados sob pressão por todos os lados, dos torcedores e da mídia, e mesmo assim se mostram inabaláveis. Segundo o conceito da marca, é isso que os torna lendas do futebol

A criação é da Wieden + Kennedy.

[ATENÇÃO: O título deste post está em conformidade com a nossa nova política editorial. Saiba mais.]

Nike

TAM dá um nó na GOL e faz o melhor comercial pra Copa do Mundo até agora

Se você ligar a TV nesse momento, duvido conseguir contar pelo menos cinco comerciais que não fazem referência à Copa do Mundo. De forma oficial ou genérica, toda marca que tirar sua casquinha do bilionário evento da FIFA, infestando a publicidade com toda a sorte de ufanismo e clichês.

Esse comercial da TAM, porém, consegue fugir do lugar comum e dribla todas as limitações – por não ser uma patrocinadora oficial do evento – de maneira criativa e divertida. Mostra Thiago Silva, David Luiz e Marcelo tentando viajar para o Brasil, enfrentando dificuldades com os franceses, ingleses e espanhóis, respectivamente, que fazem de tudo para impedi-los.

Quem não deve gostar nada é a GOL, que paga para dizer que é transportadora oficial da CBF, mas nem pode reclamar, pois não faz esses vôos internacionais. Alguém vai passar a noite relendo contrato hoje.

Criação da Y&R.

TAM

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Coca-Cola e o “abraço de alma” na Copa do Mundo de 1978

Victor Dell’Aquila tinha apenas 12 de idade quando sofreu um acidente, caindo de 15 metros de altura, que lhe tirou os dois braços. Sua paixão pelo futebol, porém, nunca foi abalada, e no dia 28 de junho de 1978 se tornou famosa.

A Argentina venceu a Copa do Mundo, na final contra a Holanda, e Victor invadiu o gramado para comemorar com os jogadores. Enquanto o lateral Alberto Tarantini se ajoelhava diante do goleiro Ubaldo Fillol, Victor se aproximou para participar do abraço, num momento que ficou registrado como “O Abraço de Alma” pela revista El Gráfico.

Agora, quase 36 anos depois, a Coca-Cola reuniu novamente o trio imortalizado pela imagem, contando inclusive com a presença da taça do Mundial.

Criação da agência DAVID.

Abrazo del Alma
Coca-Cola

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Os brasões das Seleções da Copa do Mundo em flat design

Na moda do flat design – você também não resiste, que eu sei – aqui vai uma releitura dos brasões das seleções que irão disputar a Copa do Mundo no Brasil. Confira alguns abaixo, e todos no Behance.

Criação do designer Leandro Urban, de Curitiba, baseado nesse outro projeto do mesmo estilo

Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields
Flat Design Shields

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Protestos pelo mundo: Como o excesso de informação tem nos deixado mais confusos

É complicado emitirmos qualquer opinião sobre o que estamos vendo no mundo nos últimos 4 anos. Protestos afloram por todo o lugar, desde a Primavera Árabe até as recentes atividades na Ucrânia, Venezuela e, obviamente, no Brasil.

A internet, sem dúvida, tem sido uma grande ferramenta de articulação acerca de tais movimentações sociais – e tem sido, para muitos, a única forma de saber o que está acontecendo nas últimas manifestações na Venezuela e Ucrânia. Muito pouco tem chegado para nós através das mídias tradicionais. Isso só aumenta o desafio (e o perigo) em se emitir qualquer opinião: muito provavelmente, no momento em que você estiver lendo este texto, os quadros sociais nos países citados pode já ter se alterado radicalmente. Portanto, peço desculpas por qualquer nova informação que não foi levada em consideração.

No caso da Primavera Árabe, foi bem documentado que grandes redes de comunicação foram montadas graças às redes sociais. Um fenômeno novo: começou na internet e por ela se espalhou. Somente depois de um tempo é que entrou na “grande mídia”. Quem acompanhou as manifestações de junho do ano passado também pôde sentir, na ponta dos dedos, o poder político das redes sociais – alguns mais, outros menos conscientes do que se postava.

As manifestações nos fazem sentir na ponta dos dedos o poder político das redes sociais

Este texto não busca ser uma resposta a tudo isso. Que fique claro: é apenas uma breve análise, baseada em algumas das impressões que tive após acompanhar várias das relações estabelecidas entre essas novas movimentações sociais, que partiram da internet, e o exercício democrático. Com certeza, esta análise será incompleta, pois é impossível falar de todos os ângulos.

Contudo, espero que, ao final do texto, alguns apontamentos relevantes sejam levantados ao leitor que está interessado em entender como a internet está sendo utilizada como ferramenta política por nós atualmente e os desafios que os defensores de um sistema democrático (me incluo neles) terão no futuro.

Egito

The Square

Egito: um exercício da relação entre democracia e ativismo

Assisti recentemente ao documentário “The Square”, indicado ao Oscar 2014, que lida em explanar algumas das questões que estavam por trás dos protestos que aconteceram no Egito, entre 2011 e 2013. O caso lá retratado parece ser uma boa ilustração da relação entre os conflitos dos modelos de discussão virtuais e as possibilidades de ações efetivas no campo prático.

Em um primeiro momento, diversos grupos egípcios, insatisfeitos com o regime do então presidente Hosni Mubarak, no cargo já há 30 anos (eleito, em todas as ocasiões, sem oposição), uniram-se em prol da derrubada do seu líder, levantando velhas acusações sobre a falta de espaço democrático em seu governo. As manifestações, que se concentravam na Praça Tahir, no Cairo, após uma série de enfrentamentos com o exército, acabaram por ser bem-sucedidas. O presidente foi deposto e uma eleição foi marcada.

Contudo, o fator icônico do caso egípcio não foi, ao meu ver, o sucesso na derrubada do presidente, mas sim o que ocorreu nas eleições. Como é mostrado no documentário, um dos grupos de grande presença nas manifestações, a Irmandade Muçulmana, acabou por criar alianças com o exército e, através de acordos políticos, viu-se capaz de lançar um candidato à presidência nas eleições vindouras.

“The Square” ilustra a relação entre os conflitos de discussões virtuais e as possibilidades de ações efetivas

Em “The Square”, é mostrado um descontentamento por boa parte da população pelo fato de que as eleições, no segundo turno, seriam disputadas entre duas frentes: uma representada por Ahmed Shafiq, ex-primeiro ministro do regime de Mubarak, e outra pela Irmandade Muçulmana, representada por Mohamed Morsi. A discordância por parte dos manifestantes é bem retratada no filme. Nenhum dos dois candidatos parecia atender às demandas que pediam pela formulação de uma nova Constituição.

The Square

Egito

O resultado é conhecido: Morsi foi deposto pelos militares em 2013, um ano após seu mandato, tendo em vista que não foi capaz de controlar novas manifestações (cada vez mais violentas) e agora o Egito prepara-se para, pela segunda vez na história, ter novas eleições livres, que deverão ocorrer até abril.

O que nos chama a atenção no caso egípcio é que após forte atuação política, de grande repercussão mundial, e com importantes avanços na direção de uma ampliação dos poderes de participação popular, o cenário montado no momento das eleições foi insatisfatório para muitos por causa do próprio sistema. Devia-se exercer o voto, pois foi um direito adquirido com luta, mas a escolha resumia-se em dois personagens que chegaram ao topo muito devido a alianças políticas, e não necessariamente por representarem as demandas populares dos manifestantes.

Ainda assim, mesmo com alto grau de insatisfação pelo resultado das eleições, é necessário questionarmos acerca da possibilidade de que boa parte da população poderia estar satisfeita com Morsi como presidente – ou, até mesmo, com o regime de Mubarak. Coloco este questionamento em prol de uma pergunta que acredito ser central neste texto: até que ponto um regime democrático deve levar em consideração manifestações de caráter popular, por mais barulhentas que sejam, se elas não representarem a maioria da população?

Não posso dizer que esse foi o caso do Egito. Pelo que pesquisei, acredito que a insatisfação era geral, tanto no caso de Mubarak quanto com Morsi. Colocando meu questionamento anterior de outra forma então, a pergunta que desejo fazer realmente é:

Quem fala mais alto tem maior voz?

kiev11

Kiev

Ucrânia e Venezuela: Exposição x Democracia

Não sei quanto a vocês, mas meu Twitter e Facebook estão inundados diariamente com imagens acerca das manifestações que estão ocorrendo nesses países recentemente. É difícil não se sentir perdido. Corre-se atrás de informações e há muito pouco em português. Quase nenhum da Ucrânia. Tem sorte quem entende inglês e pode ver o que alguns jornais europeus falam sobre o assunto. Mas as imagens proliferam. Algumas parecem ter sido tiradas de um filme de terror pós-apocalíptico.

No caso da Venezuela, pipocam, aqui e ali, relatos de conhecidos nossos que residem lá. Nos últimos dias, ouvi de um espectro a outro: desde pessoas que dizem que está ocorrendo uma tentativa de um golpe de elite da direita (e a prova disso seria que as manifestações estariam ocorrendo nas regiões ricas de Caracas) até pessoas que dizem que há grande insatisfação com o governo de Maduro, que seria marcado por uma restrição das liberdades políticas dos cidadãos venezuelanos.

Comentários sobre possível financiamento dos EUA para os grupos de manifestantes também surgem por vários lados. O interesse dos EUA nesse caso seria o petróleo.

No caso da Ucrânia, vejo que há uma grande insatisfação crescente desde novembro do ano passado, quando o então presidente Yanukovich decidiu estreitar relações comerciais com a Rússia ao invés de aproximar-se da União Européia. Relatos de corrupção de seu governo são frequentes, desde 2004, quando ganhou as eleições presidenciais mas foi impedido de assumir o posto, dada a quantidade exorbitante de denúncias.

A aproximação com a Rússia fez surgir um sentimento de regresso aos tempos de União Soviética e grande parte da população decidiu demonstrar sua insatisfação. Contudo, aqui vem um fator curioso: a maioria da população estava inclinada para o acordo russo, sendo que os que prezavam pela aproximação com a UE representava cerca de 43% do país. Bastante gente, mas não a maioria.

Kiev

Kiev

Isso é compreensível, tendo em vista que a Ucrânia é um país com uma formação geopolítica muito complexa. As fronteiras se alteraram muito nos últimos 300 anos e grande parte da população fala russo. Ou seja, há maior identificação com a Europa Oriental do que com a face Ocidental. Para saber mais sobre isso, recomendo este texto do Washington Post (em inglês) que tiram algumas dúvidas sobre as configurações sócio-políticas ucranianas e como elas são determinantes nas atuais manifestações.

De qualquer forma, em um regime democrático, a decisão de aproximação à Rússia, tomada por Yanukovich, não seria errada, sendo que a maioria da população aceitava sua decisão. Ao menos teoricamente, esse princípio funciona.

O erro fatal de Yanukovich, segundo alguns especialistas, daria-se em 16 de Janeiro deste ano, quando já em clima de diminuição das manifestações, em sua grande maioria pacíficas até então, o presidente assinou uma lei “anti-protesto”, que restringia os poderes de liberdade de expressão da população e da mídia – especialmente quando a pauta visava critica ao governo. Ao atacar a liberdade de expressão de um povo, aliado às acusações de corrupção, um sentimento de vingança surgiu, e a arena armou-se.

Notem: nos dois casos – Venezuela e Ucrânia – a internet foi essencial. Primeiro pela divulgação de imagens de violência, depois pela disseminação de notícias. Em especial, um vídeo de uma ativista ucraniana, no qual ela falava sobre a situação do país e os motivos pelos quais eles estavam indo para as ruas, viralizou, e o mundo passou a olhar com mais atenção o que estava acontecendo.

Na última quinta-feira, dia 20 de fevereiro de 2014, fotos mostrando os últimos desfechos dos conflitos em Kiev, capital da Ucrânia, chocaram muitos internautas brasileiros.

Ao atacar a liberdade de expressão de um povo, aliado às acusações de corrupção, um sentimento de vingança surgiu

Para engrossar ainda mais esse caldo, obviamente começaram a surgir as teorias da conspiração. Assim como no caso da Venezuela, em que alguns dizem que os EUA está financiando manifestantes por interesses econômicos próprios, o mesmo tem ocorrido no caso da Ucrânia.

Teorias de que os manifestantes são representantes de grupos de interesse comercial do bloco ocidental, que buscam uma desestabilização calculada do cenário político ucraniano para que possam ter uma maior entrada, começaram a surgir recentemente, e ficamos em uma balança confusa: seria isso um jogo de interesses calculados de países investidores, que veem na Ucrânia e na Venezuela algum potencial lucrativo, ou seria isso uma manobra de outros grupos de interesses que visam deslegitimizar um genuíno interesse por mudanças sociais nestes locais? A resposta é um grande ponto de interrogação. Nenhuma resposta é 100% garantida. E isso também ocorre por aqui.

Praça da Independência em Kiev: Antes e Depois

Praça da Independência em Kiev: Antes e Depois

Manifestações no Brasil – Democracia como estética

Nos casos da Ucrânia e do Egito, chama a atenção o fato de que boa parte dos manifestantes reclamam que não se veem representados nas altas esferas do poder. Ao organizarem-se através de redes sociais, unem suas indignações à retomada da consciência de que seu poder nas ruas é gigantesco. Um cenário único surge na combinação desses elementos: politiza-se ao máximo o campo virtual e percebe-se uma crise no modelo de democracia representativa.

Fruição estética: Parecia ser mais importante estar nas ruas, e postar fotos e vídeos de se estar lá, do que necessariamente ter reivindicações aos governantes

Interessante perceber que se há algum tempo a crença geral era de que a internet deixaria-nos mais acomodados ou submissos, naquele velho chavão de “estou em contato com o mundo, ao mesmo tempo em que estou isolado em meu quarto”, o cenário claramente se tornou outro. Acredito que nem mesmo os mais entusiastas do poder político que a internet oferecia nos anos 90, como o teórico Pierre Levy, conseguiram imaginar as proporções que a combinação entre “ativismo virtual” e “insatisfação política” tomariam nesta segunda década do século XXI. Contudo, uma pergunta é necessária neste momento: que tipo de atitude política essas manifestações estão representando?

Para poder falar com alguma segurança (ainda que pouca, pois, novamente, é difícil generalizar nesses casos), vou tratar um pouco do caso brasileiro. Uma desconfiança que tenho a respeito das manifestações que ocorreram ano passado aqui no país é a de que os atos eram políticos, mas com alto grau de fruição estética. Explico: parecia ser mais importante estar nas ruas, e postar fotos e vídeos de se estar lá, com uma curiosa sensação de “estou fazendo história”, do que necessariamente ter reivindicações aos governantes.

Brasil

FIFA

O resultado foi o que vários especialistas na época já apontavam: diluição dos interesses, agendas conflitantes por vários grupos, confusões sobre o que estava sendo exigido e, por fim, nivelamento ao mínimo denominador comum de todos que lá atuavam. Tornaram-se então recorrentes lugares-comuns como “fim da corrupção”, “segurança, educação e saúde”, “fora Fifa” e por aí vai. Muitos “o que”, poucos “como”.

Concordo que a falta de líderes foi um agravante. Contudo, a presença de um (ou alguns) poderia ter um efeito reverso: provavelmente, no caso de uma figura central (e houve tentativas de formar-se algumas), agendas políticas de outros grupos não se sentiriam representadas e as manifestações acabariam mais rapidamente. O efeito foi o mesmo – as grandes manifestações cessaram –, mas de forma mais vagarosa.

Por outro lado, os grupos que tinham suas agendas e líderes melhor definidos acabaram por persistir até hoje, em manifestações muito menores mas, ainda assim, de relevante impacto. O lamentável caso da morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade, ocorreu justamente em uma manifestação cuja agenda é uma das originárias das revoltas de junho: o aumento do preço da tarifa de ônibus. Dessa vez, não em São Paulo, mas sim no Rio de Janeiro.

Lugares-comuns como “fim da corrupção” e “fora Fifa”. Muitos “o que”, poucos “como”.

Apesar de concordar que a falta de líderes foi um agravante para que algumas das demandas do ano passado não tomassem formas mais sólidas (uma que tinha grande potencial, ao meu ver, foi a necessidade de uma reforma política – assunto que, infelizmente, não foi para frente), acredito que o quadro geral é ainda mais complexo.

Rio de Janeiro

Brasil

O conceito da necessidade de um líder que represente as demandas de um grupo de insatisfeitos é um dependente do modelo de democracia representativa – que, como podemos ver atualmente em casos como o do Egito e da Ucrânia, parece não ser suficiente para atingir as demandas do povo. Parece-me, neste caso, que há um descompasso entre dois fatores: a sensação de vertigem que temos com os rápidos meios de consumo e comunicação entram em conflito com a lentidão da máquina burocrática estatal.

Ao não ver-se representado lá em cima, uma parte da população se revolta e vai à desforra, organizando-se de maneira rápida nos meios virtuais, mas vendo suas agendas (mesmo as definidas) diluírem-se nos complicados trâmites burocráticos dos lugares onde vivem. A pergunta que fica, nesse breve levantamento, poderia ser “é possível um Estado satisfazer, em tempo hábil, as demandas de toda uma geração que está acostumada a receber mensagens instantâneas, baixar filmes recém-lançados no cinema e ter produtos entregues em até 24 horas na sua casa?”.

A possibilidade do modelo de democracia representativa parecer dar seus sinais de crise não significa, de maneira alguma, que a democracia como um todo estaria vendo seus dias finais. Não acredito que seja esse o caso. Contudo, há de se repensar o modelo de participação democrática.

Sobre isso, recomendo a entrevista que sociólogo polonês Zygmunt Bauman, cuja extensa obra é bem conhecida no Brasil, concedeu ao Fronteiras do Pensamento em 2011. Nela, Bauman levanta a necessidade de repensarmos o que entendemos por Democracia nos dias de hoje, tendo em vista que seu conceito, originário dos gregos antigos, altera-se à medida que os anos passam.

Como ela deverá ser daqui pra frente? Não acredito que o modelo islandês, reformulado recentemente para um sistema de democracia direta, em que todo cidadão, através da internet, participa diretamente das decisões do governo, seja possível num país de dimensões continentais como o Brasil.

Posso estar enganado (e espero estar), mas quero deixar claro que acredito ser importante não nos deixarmos seduzir por aparentes soluções “fáceis”, do tipo que vemos em alguns grupos que vivem uma estranha nostalgia dos tempos da Ditadura Militar brasileira (mesmo sem terem vivido aquela época). Aliás, importante mencionar que tenho plena consciência de que o período militar brasileiro não é dos mais simples de se entender, seja pelo lado dos que são contra, seja pelo lado dos que são a favor.

Descompasso: os rápidos meios de comunicação entram em conflito com a lentidão da máquina burocrática estatal

Acima de tudo, acredito que apostar que as coisas “serão melhores” se nosso poder de decisão for retirado, deixando o poder na mão “de quem (supostamente) entende”, é uma ideia perigosa. Por mais complicado que seja, a participação popular é um direito adquirido valiosíssimo. Resta sabermos qual a maneira “menos pior” de pô-la em prática, especialmente frente os desafios deste novo mundo.

Mesmo com todas essas considerações, o terreno de formações de opiniões seguras sobre todos os ocorridos por aqui é ainda pantanoso. E muito disso, acredito, deu-se por um movimento duplo que a internet possibilitou: se por um lado aumentou-se o debate político, por outro lado aumentou-se as paranoias e as teorias conspiratórias.

Brasil

Kiev

Conspirações por todos os lados!

Já citei sobre a questão das conspirações (ou “fatos”, dependendo do que você acredita) nos recentes casos da Venezuela e Ucrânia, e cheguei a mencionar que aqui não estamos longe disso. No caso do cinegrafista morto, não faltaram as explicações e desconfianças acerca de como a polícia solucionou rápido o crime. Supostas ligações dos grupos Black Blocs com partidos políticos também foram mencionados. Debates interessantíssimos sobre a diferença entre violência policial e urbana têm surgido. E, com todos esses fatores, o buraco tem ficado cada vez mais fundo. Aliás, os buracos. Sei lá em qual você prefere se enfiar.

No caso das revoltas de junho do 2013, tenho uma clara lembrança das minhas impressões de motivos pelos quais elas aparentemente não foram tão efetivas quanto prometiam ser. Primeiro: quando as revoltas estavam estourando ainda apenas em São Paulo, houve o momento em que os principais veículos de informação do país referiam-se aos manifestantes como “vândalos”. Isso mudou, aparentemente, após a fotógrafa da Folha de São Paulo levar uma bala de borracha na cara. Isso fez a classe de jornalistas se mexer e, do dia para a noite, os “vândalos” se tornaram “manifestantes”.

Quando uma jornalista foi atingida por uma bola de borracha, a abordagem mudou: Os “vândalos” se tornaram “manifestantes”.

Em seguida, as manifestações cresceram exponencialmente e o lema “não é só pelos 20 centavos” ganhou dimensões nacionais. O Arnaldo Jabor se desculpou por uma declaração que havia feito criticando os manifestantes no Jornal da Globo. É curioso que ele o tenha feito na sua coluna da CBN, onde seu poder de persuasão parece ser mais contido, mas vamos considerar isso como válido, pelo menos por enquanto.

Com o crescimento das manifestações, aumentaram os atos de vandalismo. E uma coisa chamou a atenção de muitos que acompanhavam as notícias: o fato de que os grandes meios de comunicação tratavam de enfatizar que os atos de violência eram de “pequenos grupos localizados”, e não de todos os manifestantes – que seriam, segundo as notícias da época, em sua maioria pacíficos. Para muitos, teriam sido esses atos de vandalismo que acabaram por enfraquecer o caráter político e o potencial das manifestações. Mas eu tenho outra impressão.

Black Blocs

Para quem está tentando se informar sobre o assunto, não há lado seguro para correr. Medo e dúvida são sensações frequentes.

Enquanto a grande mídia se preocupava em tentar “higienizar” as manifestações, deixando claro que os “mal-elementos” não eram a maioria, movimentos que só posso caracterizar como paranóicos passaram a crescer mais e mais nas discussões virtuais. Eu li/ouvi relatos, tanto da esquerda quanto da direita, de que estariam se instalando estratégias para um golpe de Estado.

Do lado da esquerda, li/ouvi que grupos fascistas passaram a integrar as manifestações e causar vandalismo para tentar legitimizar um novo golpe militar em um cenário que beiraria uma guerra civil, dando espaço, nestas configurações, para que o exército atuasse livremente. O termo “P2”, referente ao policial infiltrado no meio dos civis, tornou-se jargão (e muitas vezes coerentes, como pudemos ver em vários vídeos da época).

PM

Do lado da direita, li/ouvi que grupos anti-capilistas (como os Black Blocs) estavam tentando instaurar um golpe comunista, e que o cidadão deveria ter cuidado para que isso não ocorresse. Nas recentes manifestações, ainda ouço bastante isso.

Quero deixar claro que, sim, estou generalizando ambos os lados. Houve outras versões, ora mais brandas, oras mais radicais, mas a palavra “golpe” era (e ainda é) recorrente nas duas vertentes. Para aquele que estava tentando informar-se sobre o assunto, não havia lado seguro para correr. Medo e dúvida eram as sensações frequentes da época. No meio de tudo isso, alguém proferiu a frase “quem não está confuso não está bem informado”, que acredito que resumiu bem o espírito do período final das manifestações de Junho de 2013. Honestamente, não sei em quem acreditar até hoje. Acho muito difícil que houvesse tais tentativas golpistas, mas também não descarto a possibilidade. De todos os lados.

Uma questão que levantei há pouco, e que acredito ser relevante para amadurecermos na discussão do cyberativismo aliado à presença nas ruas, é a seguinte: até que ponto o ato de violência na manifestação é válido num país democrático? Aliás, é válido? Se sim, contra o quê? Contra quem? Não iria ele contra o próprio conceito de democracia? Imaginem o seguinte: um grande grupo de pessoas está insatisfeito com medida X do governo. É um grupo grande, mas não é a maioria. Digamos que, nessa situação hipotética, seja 30% da população – o que já é o suficiente para causar algum estrago. Se esses grupos começam a causar muito barulho nas ruas, o governo deve ceder aos seus interesses?

Kiev

E se a minoria fosse mais barulhenta em suas ações? Tanto nas ruas quanto online, divulgando para o mundo vídeos, fotos e textos que provassem seus pontos de vista?

Pensemos, por um momento, no caso do Egito e da Ucrânia. E se, hipoteticamente, 60% da população egípcia estivesse satisfeita com o governo de Mubarak, mas os outros 40% fossem mais barulhentos em suas ações – tanto nas ruas quanto online, divulgando para o mundo vídeos, fotos e textos que provassem seus pontos de vista. O que fazer nesse caso? Quem está certo? Como deve o governo agir?

O mesmo vale para a Ucrânia: dada sua complexidade cultural, lembremos que, ao menos em primeiro momento, a maioria da população (57%) era a favor do acordo comercial com a Rússia. Contudo, a parcela que era contra (43%) era mais assertiva e foi para as ruas. Ou seja, “mostraram-se” mais e fizeram suas vozes serem ouvidas. Depois dos desastres políticos do presidente com as medidas anti-protestos, obviamente o cenário se alterou.

O resultado foi uma inundação de imagens e vídeos que mostram Kiev como um campo de batalha. E de que lado ficamos? Como escolher um lado? Como se dá o exercício democrático em um mundo no qual as pressões internacionais podem passar a surgir devido a imagens compartilhadas no twitter por um celular, eventualmente viralizando? E se lermos as teorias da conspiração? Devemos desacreditar todas? Ou apenas algumas?

Neste cenário de manifestações acontecendo a todo momento, em todo o mundo, exigindo movimentos políticos mais rápidos do que a máquina estatal é capaz de produzir, aliado à proliferação de teorias da conspiração que surgem para todos os lados, é impossível não sentirmos, em algum momento, uma desesperadora sensação de não saber mais o que pensar.

É aí que reside minha hipótese de porquê muitas dessas manifestações parecem não sair do lugar: por mais bizarro que isso soe, parece-me que há um excesso de informação que engessa qualquer possibilidade de posicionamento construtivo acerca dessas difíceis questões. A cada nova informação, dez novas dúvidas surgem.

Kiev

Um paradoxo marca nossa geração de maneira tragicômica: nunca estivemos tão informados e perdidos ao mesmo tempo

Se eu quisesse arriscar um pouco mais, diria que as teorias da conspiração parecem denotar duas coisas sintomáticas de nossos tempos. Em primeiro lugar, o velho chavão de que temos, hoje, a necessidade de termos opinião formada sobre tudo, por mais rasa que ela seja. Em segundo lugar, de que há uma estranha sensação de que, no caso dos conspirólogos de plantão, há uma necessidade de mostrar-se mais “consciente” do mundo.

Ao formular-se uma teoria de interesses ocultos por trás dos movimentos sociais, o dono de tal discurso destaca-se da “massa”, reivindicando para si mesmo um suposto título de “esclarecido”. Para os que se encaixam neste último caso, gosto de lembrar do documentário “The Mindscape of Alan Moore”, no qual o autor supramencionado diz que os conspiradores falham em entender que o mundo é caótico e sem sentido. Por não aguentarem o peso da complexidade do mundo, acabam por formular explicações para tudo, sempre referenciando grupos de interesses malignos.

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Não quero dizer com isso que não existem grupos de interesse que formulam estratégias e ações assertivas contra padrões sociais estabelecidos. A história está cheia de exemplos em que isso foi o caso. Contudo, ao ver que há tantas conspirações para todos os lados, não consigo deixar de pensar que há muitos equívocos aparecendo por ai. E essas hipóteses, que supostamente deveriam tornar-nos mais conscientes, acabam jogando mais ruído do que se esperava.

Sendo assim, um paradoxo marca nossa geração de maneira tragicômica: nunca estivemos tão informados e perdidos ao mesmo tempo. Tempos desafiadores para aqueles que se arriscam a pensar criticamente sobre o mundo – tanto o seu quanto o do outro. E podem esperar: a tendência é complicar cada vez mais. Resta adaptarmo-nos a este confuso novo mundo e sabermos lidar com seus novos desafios.

Se há algo positivo nisso tudo é que estamos, talvez pela primeira vez na história, experimentando em larga escala a complexidade do tecido social – que sempre foi complicado, mas nunca dava chance às vozes periféricas serem ouvidas. Não é mais necessário ser um acadêmico ou político para entendermos essa colcha de retalhos que parece ser o mundo. Basta abrir sua rede social de preferência. E ainda bem que estamos assim.

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Créditos Fotos: Mohamed Elsayyed/Shutterstock.com; Jorge Silva/REUTERS; Hassan Ammar/AP; AlexandCo Studio/Shutterstock.com; Antonio Scorza/Shutterstock.com; Sergei Supinsky/AFP; S-F/Shutterstock.com; Roman Mikhailiuk/Shutterstock.com

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Novo filme da Brahma mostra a cevada plantada na Granja Comary

Lembra da edição especial de Brahma com cevada da Granja Comary?

Agora a agência Africa lançou um filme para promover o projeto, mostrando o plantio, colheita e depoimento do técnico Felipe Scolari.

A primeira safra será vendida apenas através do site: brahma.com.br/selecaoespecial. São 2014 kits – iguais da foto abaixo – e que no mês que vem também estarão disponíveis nos pontos de venda.

A campanha só erra em chamar a Granja Comary de “solo sagrado” do futebol brasileiro, pois é óbvio que o único campo sacrossanto vai ser lá em Itaquera.

Brahma

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Brahma lança edição especial feita com cevada da Granja Comary

Como parte de sua extensa comunicação para a Copa do Mundo no Brasil, a Brahma anunciou hoje o lançamento de uma edição especial e limitada de garrafas de alumínio.

Segundo a marca, a cerveja é produzida com cevada plantada, cultivada e colhida na Granja Comary, local que é tradicionalmente a casa da Seleção Brasileira.

Acho legal que a Brahma tenha investido tanto em futebol, assim sobra menos dinheiro pro financiamento dos rodeios que eles apoiam.

Brahma

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Com comercial para a Copa do Mundo, ESPN diz que o futebol retornará para sua casa espiritual

Com nostalgia e antecipação, a ESPN lançou sua primeira campanha para a Copa do Mundo no Brasil. Não tem nenhuma grande ideia, além de relembrar momentos históricos de mundiais passados, misturando com cenas do futebol atual.

A ESPN diz que, em junho, o futebol voltará para a sua casa espiritual, trazendo cenas de brasileiros comemorando. Porém, prepare-se para excessivas referências carnavalescas.

É uma edição empolgante, que pode fazer até aqueles que protestam contra a Copa amolecerem um pouco o coração. Futebol é apaixonante, ainda mais quando não tem o Flluminense envolvido.

ESPN

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Itaú transforma o Brasil em um grande estádio de futebol

Depois do bom filme em alusão aos sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2014, o Itaú estreia nesta quinta-feira, dia 12, o seu segundo comercial se promovendo como o banco oficial do torneio e da Seleção Brasileira.

“A Grande Transformação” mostra o Brasil se alterando geograficamente, enquanto vai sendo “abraçado” pelas estruturas de um estádio de futebol. O filme traz a assinatura “Quando o brasileiro entra em campo, ele muda o jogo”, materializando o conceito de união da população para fazer a Copa do Mundo acontecer.

Criação da Africa, com produção da Killers.

Itaú

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Animação da Fox Sports divulga as transmissões da Copa do Mundo 2014

Para se promover como uma das emissoras licenciadas da Copa do Mundo 2014, a Fox Sports criou uma campanha com a assinatura “Sinta-se Lá”.

O conceito é simples, mostrar que o espectador vai – através das transmissões do canal – se sentir como se estivesse dentro do estádio. Porém, isso é mostrado com uma ótima animação que acompanha as pernas de um torcedor na arquibancada até o sofá de sua casa.

Destaque para o essencial detalhe do ar condicionado na parede na cena final. Já me convenceu a ficar em casa, Fox Sports.

Produção da Beeld.

Fox Sports
Fox Sports
fox3

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Visa relembra dois carrascos do Brasil em Copas do Mundo

A Visa, mesmo sendo patrocinadora global da Copa do Mundo, fugiu das imagens clichês de jogadores em campo, torcida gritando, bola rolando e mensagem ufanista.

Em seu novo comercial, a marca traz dois carrascos da seleção brasileira, nos Mundiais de 1982 e 1998, respectivamente: Paolo Rossi e Zinedine Zidane. Tem aquela locução desnecessária no meio do filme, a tal exigência do cliente, mas ainda assim trata o tema com bom humor e divertida ironia.

Uma boa lição para todas as outras marcas que não detém os direitos de usar propriedades da FIFA em suas campanhas temáticas para a Copa do Mundo, e que acabam apelando para termos, times e torcidas genéricas, com resultado final tão amargo quanto uma eliminação pela Itália ou pela França.

A criação é da AlmapBBDO.

Visa
Visa
Visa

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Adidas revela a bola da Copa do Mundo 2014

Em evento no Rio de Janeiro, nesta noite de terça-feira, a Adidas apresentou a Brazuca, bola oficial da Copa do Mundo de 2014.

O design parece ter pouca relação com o Brasil, mas a marca afirma que muita tecnologia foi utilizada no desenvolvimento da bola. Um processo de quase 3 anos de testes, envolvendo 600 jogadores profissionais, e feita através de uma estrutura simétrica de seis painéis que possibilitam aderência e estabilidade em campo.

O comercial (acima) é protagonizado por diversas estrelas do esporte, brincando com o que seria o ponto de vista da própria pelota. Inclui cenas no Brasil, com uma pelada no campo de terra batida, e… uma galinha. Acho que o Fernando Meirelles fez o mundo acreditar que as ruas do Brasil estão infestadas de galinhas.

A Brazuca tem até perfil no Twitter, e uma ação para divulgar o lançamento vai dar uma bola para todos os bebês nascidos no dia 3 de dezembro de 2013. Basta o pai/mãe comparecer com a certidão de nascimento da criança em dos postos de trocas listados no site adidas.com.br/copadomundo.

Vale a pena aproveitar, pois o preço estimado da bola é de R$ 400.

Adidas

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Nike estreia campanha “Ouse Ser Brasileiro” para a Copa do Mundo 2014

A Nike estreou ontem sua maior campanha para o mercado brasileiro, voltada, obviamente, para a Copa do Mundo 2014 que se aproxima. Com o mote “Ouse Ser Brasileiro”, a iniciativa veiculou um primeiro filme para reverenciar o “estilo único” dos jogadores do nosso país.

Neymar, Thiago Silva, David Luiz, Paulinho e Bernard protagonizam o comercial, com cenas do presente e ficção para relembrar o passado de cada jogador. Felipão, Ronaldo Fenômeno, Ivete Sangalo e Thiaguinho também participam dos 90 segundos, assinados com “Ninguém joga como a gente”.

Com superproduções como essa, além de um extenso trabalho em outras mídias, a Nike se posiciona mais uma vez diante de um evento global em que não é patrocinadora oficial, sem poder usar nenhum termo ou imagens de propriedade da FIFA. Porém, ainda assim, consegue ser reconhecida como tal pelos consumidores.

A criação é da Wieden+Kennedy Brasil, com produção da Rattling Stick.

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Coca-Cola estreia campanha brasileira para a Copa do Mundo 2014

A Coca-Cola revelou hoje seu posicionamento oficial pra a Copa do Mundo no Brasil, com a assinatura “A Copa de Todo Mundo”.

Ao contrário do oba-oba de outras campanhas temáticas para o evento de 2014, a abordagem da marca é mais pé no chão.

Com narração de Tom Zé e elementos gráficos grafitados produzidos pelo artista Speto, o texto diz que a Copa do Mundo não vai ser só de jogos, vitórias, derrotas, jogadores galãs e celebridades, incentivando assim o engajamento popular em torno do acontecimento.

A campanha estreia na TV aberta e fechada no próximo fim de semana. A criação é da Wieden+Kennedy São Paulo.

Coca-Cola

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FIFA revela o poster oficial da Copa do Mundo 2014

Foi revelado hoje pela FIFA, em evento no Rio de Janeiro, o poster oficial da Copa do Mundo de 2014. Inspirada pelo mapa do Brasil, a peça traz detalhes de cada região do país no desenho.

A criação foi da agência Crama, que ganhou a disputa com outros dois concorrentes após votação de uma comissão julgadora formada por Valcke, pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, pelo presidente do COL, José Maria Marin, pelo artista plástico Romero Britto, e por Ronaldo e Bebeto.

No vídeo abaixo, a FIFA apresenta a cadeia de inspirações para a Copa do Mundo no Brasil, que serve de referência para todo o material criado para o evento.

Compare o poster brasileiro com os de edições anteriores da Copa, desde 1930:

fifaposters

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